Era outubro de 2023 quando a Honda revelou o retorno do Prelude, um icônico cupê dos anos 1990. O modelo foi apresentado durante o Salão de Tóquio ainda como conceito e deverá ter a sua versão final para produção apenas em 2026. Mas, até lá, parece que a marca apresentará detalhes a conta-gotas para despertar a ansiedade dos entusiastas. O primeiro, é sobre um sistema de trocas virtuais de marcha.
Embora o Prelude tenha se mantido como um cupê (e não ter se transformado em um SUV), a mecânica será trazida para os dias atuais. Assim, o modelo retornará como um híbrido, possivelmente compartilhando o sistema e:HEV que equipa os atuais Accord, Civic e CR-V.
A motorização híbrida e:HEV é composta por um motor a combustão e outros dois elétricos. Um dos elétricos é o protagonista, responsável por movimentar as rodas do veículo quase que em tempo integral. O outro trabalha como um gerador de energia para o primeiro.
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Já o motor a combustão atua, principalmente, para gerar energia aos motores elétricos. Ele traciona as rodas em situações tão específicas que a própria Honda evita citá-las, mas isso acontece em velocidades mais altas, onde o combustão é mais eficiente do que o elétrico.
Nos modelos atuais com o conjunto, porém, o motor a combustão pode funcionar em diversos momentos sem tracionar. Sua função nestas horas é, basicamente, gerar energia para a bateria que alimenta os motores elétricos.
Mas, pensando em esportividade, os modelos com a motorização simulam trocas de marcha em condições de condução mais esportiva, como arrancadas ou ultrapassagens mais fortes. Não passa, porém, de simulações, já que não há um câmbio físico no modelo pela pouca utilização do motor a combustão para tração, e sim uma relação fixa. É tudo sensorial.
Feitas tantas explicações, chegamos aos primeiros detalhes revelados sobre o Prelude. O modelo estreará o Honda S+ Shift, que reforçará a simulação de marchas para um apelo ainda mais esportivo e emocional. O condutor poderá sentir as “trocas” e até realizá-las por aletas atrás do volante.
O sistema será unido a outro, o Active Sound Control, que simulará um ronco mais grave do motor para uma “melhor experiência de condução”, segundo a marca. A tecnologia será capaz de ler a velocidade e a intensidade da aceleração do carro para ser o mais realista possível.
No desenho, o Prelude final poderá ficar bastante próximo do conceito apresentado no ano passado e atualizado agora, já com aparência de carro de rua. O modelo apresenta um formato bastante característico de um cupê, com a frente longa e a cabine recuada.
A dianteira tem faróis estreitos e uma grande abertura inferior, mas o traço iluminado em azul nela não deverá seguir para produção. A traseira, com um quê de Porsche, tem lanternas que vão de um lado a outro e linhas limpas. O nome do cupê é escrito por letras cursivas. Não foram reveladas imagens do interior.
