Dacia Sandero bate o Tesla Model Y e finalmente se torna o carro mais vendido da Europa, veja os 50 mais vendidos

O mercado automotivo europeu está aos poucos mudando. No ano de 2024, o carro mais vendido do velho continente não foi um carro premium ou modelo elétrico, e sim o humilde Dacia Sandero, um carrinho que custa cerca de 13.000 euros.

Com 268.101 unidades vendidas, o Sandero teve um crescimento de 14% em relação a 2023, consolidando sua posição como o preferido dos europeus.

O segundo lugar ficou com outro modelo acessível, o Renault Clio, que vendeu 216.317 unidades (alta de 7%). Logo atrás, o Volkswagen Golf apareceu com 215.715 unidades vendidas, um aumento de 17% sobre o ano anterior.

Já o Tesla Model Y, que foi o carro mais vendido na Europa em 2023, despencou para a quarta posição, com 209.214 unidades — uma queda de 17%. Enquanto o mercado automotivo europeu cresceu 0,9% no ano passado, nenhum outro carro no top 30 perdeu tanto espaço quanto o SUV elétrico da Tesla.

Os motivos para essa queda incluem a retração nas vendas de EVs na Europa (ainda que a queda tenha sido modesta, de apenas 1,2%), o fato de o Model Y já estar no mercado há alguns anos e a expectativa de um facelift iminente.

Além disso, as polêmicas envolvendo Elon Musk, como seu apoio a partidos de extrema-direita na Alemanha, podem ter afastado alguns consumidores.

Se os modelos chineses ainda não emplacaram entre os 50 carros mais vendidos, a situação muda quando analisamos o ranking das marcas. As cinco primeiras posições ficaram com Volkswagen, Toyota, BMW, Skoda e Mercedes-Benz, todas registrando crescimento, embora modesto no caso de VW e Mercedes (apenas 1% cada).

No entanto, mais abaixo na lista, há sinais claros de que a presença chinesa está se tornando uma ameaça real para as montadoras tradicionais europeias.

A BYD, por exemplo, viu suas vendas subirem impressionantes 216%, atingindo 50.265 unidades — o suficiente para superar marcas como Alfa Romeo (44.777 unidades) e Subaru (22.458).

Outras marcas chinesas também mostraram força, como a KG Mobility, que cresceu 30% e vendeu 23.836 unidades, e a Omada, que estreou no ranking com 14.254 veículos vendidos.

A Xpeng, por sua vez, registrou um crescimento de 304%, alcançando 8.188 unidades.

Nem todas as marcas chinesas tiveram motivos para comemorar. A Lynk & Co viu suas vendas despencarem 73%, enquanto a Ora caiu 41%.

Mas a mensagem é clara: os chineses não estão apenas chegando, eles já estão aqui. Para as montadoras europeias, o desafio agora é enfrentar essa nova concorrência em um mercado cada vez mais disputado.

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