No primeiro semestre de 2025, foram produzidos cerca de 1.144.550 unidades de automóveis e comerciais leves no Brasil, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Este número é 8,1% maior que o mesmo período do ano passado, mas ainda assim, um alerta segue aceso dentro das montadoras instaladas no país.
Quando olhamos os emplacamentos no mesmo período, é um crescimento tímido de 5%, mas as exportações cresceram 58,5% – todos os números semestrais comparados com o mesmo período de 2024. Segundo a Anfavea, isso se dá pela recuperação da Argentina, positivo pelo lado mercadológico, mas preocupante no cenário de dependência do país vizinho – o México, por exemplo, apresenta queda na importação de veículos brasileiros.
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Fonte: Motor1 Brasil
Em importados, é onde o cenário mais preocupa a Anfavea, principalmente com a chegada dos chineses em grande escalas. O emplacamento desse segmento cresceu 15,8% no semestre, enquanto os nacionais cresceram apenas 2,7% no mesmo período. Em estoque, os eletrificados da China já são 111 mil unidades em junho, movimentação feita principalmente pela BYD antes do novo aumento dos impostos de importação. Hoje, a maior parte dos emplacamentos de importados são chineses.
Analisando as vendas diretas e varejo, a taxa de juros e inadimplência prejudicou (e prejudicará) as vendas no varejo, que caíram 10% para nacionais, mas com crescimento de 15% dos importados. Nas vendas diretas, 16% de aumento nos nacionais e 17% entre os importados. Em locadoras, isoladamente, foram responsáveis por 28% dos emplacamentos do país.