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Locadoras podem ter 200% de redução de lucro, diz estudo

Anunciado na última semana, o novo pacote de regras para o cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor automotivo deu muito o que falar ao mexer no preço base dos principais veículos de entrada do país. Parte do MOVER, o Programa Carro Sustentável zerou a alíquota do imposto para modelos 1.0 compactos, como Renault Kwid e Fiat Mobi, que foram acompanhados ainda de promoções e feirões promovidos por suas montadoras.

Assim, vários desses carros que já partiam da faixa dos R$ 80 ou R$ 90 mil estão menos caros, algo que deve impactar diretamente o mercado nos próximos meses. Mas não só nele, já que todo o setor automotivo, inclusive empresas que dependem de veículos novos, também será atingido. É o caso das locadoras de veículos. 

Segundo estudo da corretora de valores XP Investimentos, a nova regra pode até parecer positiva à primeira vista, já que prevê benefícios fiscais para veículos mais “verdes”. Mas, na prática, o efeito imediato tende a ser de pressão sobre os resultados das locadoras, pois a esperada redução no preço dos carros novos repassada pelas montadoras deve provocar uma desvalorização acelerada dos seminovos já em circulação, forçando uma reavaliação contábil do valor da frota atual.

As novas diretrizes complementam o programa “MOVER”, já aprovado em 2024, e detalham duas frentes de ação: o IPI Verde, que poderá ser reduzido ou elevado conforme critérios como eficiência energética, tipo de motorização, potência, segurança e reciclabilidade; e o Carro Sustentável, que zera o IPI para veículos com baixa emissão de CO₂, pelo menos 80% de material reciclável, produção local e perfil compacto. Ambos os programas têm validade até o fim de 2026 e deve fazer ponte para a Reforma Tributária, que começará a entrar em vigor a partir de 2027.

A análise da XP aponta que o impacto nos lucros pode ser significativo: no caso da Localiza, a queda pode chegar a 40%, enquanto a Movida pode ver um recuo pode ser de até 200%, o que significa que uma empresa que hoje dá lucro pode passar a ter prejuízo se a frota desvalorizar mais rápido do que o previsto.

Esses números levam em conta dois fatores principais: de um lado, o desconto do IPI torna os carros novos mais baratos para comprar; por outro, derruba o preço dos seminovos já existentes, forçando as locadoras a vender ou manter veículos que valem menos do que o esperado.

Na prática, segundo a XP, o efeito direto dessa queda nos preços pode reduzir o valor total da frota em até 4% no caso da Localiza e em até 3% no caso da Movida, considerando o tipo de carro que cada uma usa mais. Só isso já pressiona o caixa, porque significa que as empresas precisam reservar mais dinheiro para compensar essa perda de valor.

Além disso, o impacto se espalha para todo o mercado: os carros usados, que hoje são um dos principais ativos de montadoras, concessionárias e locadoras — e também a forma mais comum de o consumidor trocar de carro — tendem a valer menos. Isso pode até facilitar a compra de modelos mais novos, mas força quem já tem um carro a aceitar valores mais baixos na hora de revender.

Fonte: XP Investimentos 

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