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Sucessor do Argo vai bem e segura queda nas vendas da Stellantis na Europa

Na próxima semana (29 de julho), o grupo Stellantis divulgará seus primeiros números semestrais após a posse do novo CEO do grupo, Antonio Filosa. Mas não será necessário esperar sete dias para ter uma prévia se os novo rumos que a empresa responsável por gerenciar Fiat, Jeep e Citroen e outras vem tomando está surtindo efeito.

Os números, divulgados hoje, confirmam que ainda será necessário mais tempo para botar a casa em dia, já que boa parte das marcas está passando por uma fase complexa, principalmente em mercados como o europeu, onde as regulamentações de emissões tem sido muito mais restritivas. No resto do mundo, há ainda tensões comerciais que deixam as taxas de importação pouco previsíveis para novos produtos e até a manutenção dos atuais. 

Nos últimos três meses, por exemplo, as vendas globais caíram 6% em relação ao ano anterior (estamos falando de 1,4 milhão de unidades); um número que reflete, em particular, o impacto dos impostos dos EUA e a desaceleração devido à mudança de geração de alguns modelos na Europa.



Dodge Charger Daytona 2024

Nova geração elétrica do Dodge Charger foi um dos responsáveis pela queda das vendas nos EUA

América do Norte teve maior queda

O maior ”perdeão” (campeão de perdas) aqui, como mencionado, foi a América do Norte, onde as vendas caíram em cerca de 109.000 unidades (-25%). Esse mercado, que permanece compacto, foi afetado principalmente pela redução na produção e nos embarques de veículos importados, fortemente penalizados por novas tarifas, e pela queda nas vendas para frotas corporativas.

Apesar disso, as vendas no varejo nos EUA permaneceram relativamente estáveis, e as duas principais marcas da região, Jeep e Ram, apresentaram um desempenho positivo, com vendas combinadas 13% maiores em relação ao ano anterior.



Citroen C3 Aircross (2024)

Citroen C3 Aircross (2024)



Opel Frontera (2025) com toldo de teto

Opel Frontera (2025) com toldo de teto

Foto de: Opel



Fiat Grande Panda Híbrido La Prima

Fiat Grande Panda Híbrido La Prima

Foto de: Fiat

Nova fase na Europa também afetou vendas

Já no Velho Continente, as entregas caíram cerca de 50.000 unidades em comparação com o mesmo trimestre de 2024, um declínio de 6%. A principal causa foi a fase de transição de produto que afetou vários modelos, incluindo a mudança do Fiat 500 atual em um carro totalmente elétrico para um carro também com motor de combustão interna. Propulsor esse que, vale dizer, é o mesmo utilizado os primos brasileiros Argo e Mobi, mas com hibridização leve.

Por outro lado, os novos modelos baseados na plataforma Smart Car – como o Citroën C3 e o C3 Aircross, o Opel/Vauxhall Frontera e o Fiat Grande Panda – registraram um crescimento significativo de 45% em relação ao ano anterior, com mais 25.000 unidades entregues.

O novo Fiat Grande Panda, aliás, terá papel global na estratégia da marca nos próximos anos. Segundo o CEO Olivier Francois, o modelo será oferecido em diversos mercados, incluindo o Brasil e outros países da América do Sul. A Fiat o compara à antiga linha Palio, último projeto considerado verdadeiramente global da fabricante.

A importância do modelo é tamanha que ele servirá de base para os futuros substitutos de Pulse, Fastback e até da picape Strada. Ainda assim, essa renovação só ocorrerá após o fim do ciclo atual do Argo. “Ele ainda não está no fim de seu ciclo de vida”, afirmou o executivo ao ser questionado sobre a chegada do Panda ao mercado brasileiro.

Do lado de cá..

E, por falar em Brasil, a região segue em movimento oposto ao de mercados como Europa e América do Norte. Na América do Sul, Oriente Médio e África, as entregas da Stellantis cresceram 22% no segundo trimestre, com 71 mil unidades a mais. Brasil e Argentina puxaram esse avanço com recuperação de mercado e manutenção da liderança regional. Já em países como Turquia, Egito, Argélia e Marrocos, a demanda também cresceu.

Financeiramente, o semestre fechou com prejuízo líquido de 2,3 bilhões de euros e receita de 74,3 bilhões de euros. O lucro operacional ajustado foi de 500 milhões de euros, mas o fluxo de caixa das operações ficou negativo em 2,3 bilhões de euros. O caixa livre do setor industrial também foi negativo, com 3 bilhões de euros.

O resultado foi impactado por despesas extraordinárias de 3,3 bilhões de euros, ligadas ao cancelamento de projetos, desvalorização de plataformas, custos com a nova regulação de emissões dos EUA (CAFE) e processos de reestruturação interna.

A combinação de alta nos custos industriais, piora na composição geográfica das vendas e efeitos cambiais completou o quadro. Só o tarifaço extra vindo dos EUA já é responsável por 300 milhões de euros em custos adicionais, refletindo no volume de produção planejado.

Apesar das perdas, a Stellantis afirma que o plano de retomada já está em curso e que os efeitos concretos começarão a aparecer no segundo semestre, com novos produtos e redesenho da estratégia comercial em mercados-chave.

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