Se você já desviou de um buraco do tamanho de um bueiro, ou pior, caiu direto nele, sabe que dirigir no Brasil pode parecer mais uma prova de resistência do que um simples deslocamento. Agora imagine se o seu carro pudesse identificar esses perigos antes mesmo de você enxergá-los e ainda sugerir uma rota melhor. Uma nova patente registrada pela General Motors nos Estados Unidos aponta justamente nessa direção.
Revelado pelo site GM Authority, o pedido de patente foi registrado em 15 de dezembro de 2023 no Escritório de Marcas e Patentes dos EUA, mas só veio a público em junho de 2025. A proposta descreve um sistema capaz de alertar os motoristas sobre deteriorações no asfalto antes que elas estejam visíveis, utilizando sensores e câmeras instalados nos veículos.
Registro de Patente da GM para Deterioração de Estradas
Foto de: Escritório de Patentes e Marcas dos EUA

Registro de Patente de Deterioração de Estradas pela GM
Foto de: Escritório de Patentes e Marcas dos EUA
Esses sensores coletariam dados como deslocamento da suspensão, rotação das rodas e níveis de vibração, enquanto as câmeras identificariam falhas na pista em tempo real, como buracos ou trechos com água acumulada. Todas essas informações seriam enviadas para a nuvem por meio de GPS e telemetria.
Com base nesses dados, o sistema calcularia uma espécie de pontuação de manutenção viária, refletindo as condições da estrada. Em casos mais críticos, a ideia é que o sistema possa encaminhar essas informações para autoridades locais, além de recomendar rotas alternativas ao motorista pelo próprio sistema de navegação do carro.

O Super Cruise já está presente em alguns Cadillac, como Vistiq
Foto de: Motor1.com
Embora a patente não mencione explicitamente, o recurso poderia funcionar em conjunto com o Super Cruise, sistema de condução semiautônoma da GM que já cobre mais de 1,2 milhão de quilômetros de rodovias mapeadas nos EUA e Canadá.
Apesar de ainda ser apenas um estudo, sem previsão de aplicação prática ou confirmação de produção, a ideia tem potencial de reduzir prejuízos com rodas amassadas, pneus estourados e danos à suspensão. Em países com infraestrutura precária, como o Brasil, o impacto seria ainda mais significativo.
Fonte:
US Patent and Trademark Office via GM Authority