O Grupo Volkswagen divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 e os números não são animadores. Entre abril e junho, o lucro operacional da montadora caiu expressivos 29,4%, impactado principalmente pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Somente nos seis primeiros meses do ano, essas medidas já custaram à empresa 1,3 bilhão de euros (cerca de US$ 1,5 bilhão na cotação atual).
Além das tarifas, a Volkswagen enfrenta outros desafios relevantes, como o avanço da concorrência chinesa e a crescente incerteza regulatória, justamente no momento em que a companhia tenta cortar custos. No acumulado do primeiro semestre, as vendas da Porsche recuaram 6%, enquanto a Audi registrou queda de 5,9%. Ainda assim, o grupo como um todo teve um leve crescimento de 0,5% no volume total de vendas, passando de 4,34 para 4,36 milhões de veículos.

Mesmo com as vendas estáveis, o Grupo VW corre para acelerar seu plano de contenção de despesas, já que trabalha com a perspectiva de que as tarifas de 27,5% continuarão em vigor até o fim do ano, pressionando ainda mais sua rentabilidade. Segundo o chefe operacional e financeiro do Grupo, Arno Antlitz, tanto as tarifas quanto os custos de reestruturação tiveram um “impacto negativo” sobre os resultados.
Resta saber se o recente acordo comercial entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e os países da União Europeia, assinado no último domingo, 27 de julho, afetará o grupo nos próximos meses. Até então, a ameaça de Trump era de 30% sobre os produtos vindos da região. A partir de agora, essas taxas cairão para 15%.

Vendas da Porsche recuaram 6% durante o primeiro semestre de 2025
Foto de: Porsche
Enquanto isso, as montadoras seguem expondo os prejuízos causados pelo valor que estava em vigor até então. A americana General Motors afirma ter perdido US$ 1,1 bilhão com as novas tarifas, enquanto a Stellantis calcula um impacto de US$ 300 milhões no mesmo período.