O primeiro modelo da BMW baseado na plataforma Neue Klasse será o novo iX3, com estreia marcada para setembro no Salão de Munique (IAA Mobility). O SUV elétrico dará início a uma nova fase tecnológica e visual para a marca, com foco em eficiência energética, conectividade e design totalmente renovado.
Durante a coletiva de apresentação dos resultados do grupo, o CEO Oliver Zipse destacou a importância do momento:
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“Em setembro, iniciamos uma nova era para a BMW, com a estreia do primeiro veículo da Neue Klasse na IAA Mobility. Com o BMW iX3, damos o pontapé inicial em uma expansão de portfólio sem precedentes: até 2027, lançaremos mais de 40 modelos novos e atualizados em todos os segmentos e com todas as formas de motorização. Cada modelo carregará nossos novos clusters tecnológicos e a nova linguagem de design.”
Ainda em 2026, a BMW apresentará um sedã com a mesma base do iX3, que deve antecipar a próxima geração do Série 3 elétrico. Em paralelo, o Série 3 a combustão será atualizado visualmente e receberá o novo painel Panoramic iDrive, solução digital que também chegará ao Série 5, já visto em testes com mudanças externas.
Apesar do otimismo com os lançamentos, o balanço financeiro do primeiro semestre de 2025 não foi positivo. A receita global da BMW caiu para € 67,6 bilhões, uma redução de 8% em relação a 2024. No segundo trimestre, o faturamento foi de € 33,9 bilhões, 8,2% abaixo do mesmo período do ano anterior. A retração é atribuída à demanda mais fraca na China e aos efeitos negativos da variação cambial.

Foto de: BMW
A expectativa do grupo é de recuperação gradual em diversos mercados, impulsionada por juros menores e inflação mais estável. Na Europa, o crescimento deve vir puxado por veículos eletrificados. Já na China, a previsão é de alta competitividade e foco nos modelos de entrada.
Nos Estados Unidos, a BMW monitora o impacto do tarifaço de Donald Trump, conjunto de medidas protecionistas que pode afetar preços em meio à inflação. Segundo a empresa, há sinais de um acordo entre EUA e União Europeia para a redução parcial dos impostos bilaterais sobre veículos e autopeças, com validade prevista a partir de 1º de agosto de 2025. Os efeitos práticos, no entanto, ainda são incertos devido às negociações em andamento.