Apresentado no Brasil em maio, o Volkswagen Tera deu seu primeiro passo fora do país e, no último dia 12 de agosto, terça-feira, estreou oficialmente na Argentina, o primeiro destino de sua carreira internacional. Entre Polo Track e Nivus, o SUV de entrada já começa a chegar às concessionárias.
À primeira vista, ele é praticamente o mesmo carro vendido por aqui, com 4.151 mm de comprimento, 2.566 mm de entre-eixos (o mesmo de Polo e Nivus), 1.504 mm de altura, 1.777 mm de largura e porta-malas de 350 litros segundo o padrão VDA. A principal diferença está na motorização.
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Fonte: Motor1.com
No lugar do moderno 1.0 TSI 170, que no Brasil vai a 116 cv com etanol, a versão de entrada argentina resgata o veterano 1.6 16V aspirado, de quatro cilindros, 110 cv e 15,7 kgfm – um velho conhecido das linhas Gol, Fox, Saveiro e Polo, aposentado no mercado brasileiro por não atender às regras mais rígidas de emissões.
O 1.0 TSI também aparece no país vizinho, mas em configuração mais fraca: são 101 cv, sempre na gasolina e com câmbio automático de seis marchas. Já no Brasil, a linha inclui ainda o 1.0 MPI aspirado de três cilindros, com até 84 cv no etanol e câmbio manual de cinco marchas, além do 1.0 TSI 170 com opção manual ou automática.

Foto de: Volkswagen
Tera argentino será menos seguro
Na segurança, há uma baixa. No Brasil, a frenagem autônoma de emergência (AEB) é item de série em todas as configurações. Na Argentina, o sistema, que aciona os freios automaticamente quando há risco de colisão e o motorista não reage, será de série apenas nas versões mais caras High e Outfit. Nas mais acessíveis, Trend e Comfort, estará disponível apenas como opcional, sem valor divulgado.
Serão quatro versões. A Trend é a mais básica e a única equipada com o motor 1.6 aspirado, sem ACC e sem AEB de série. Tirando o pacote de segurança, é bastante semelhante à 1.0 MPI brasileira, com ar-condicionado manual, rodas de aço aro 16 e painel digital de 8”.

Foto de: Mario Villaescusa / Motor1.com
Acima dela está a Comfort, já com o 1.0 TSI de 101 cv, câmbio automático e alguns itens extras, como rodas de liga aro 16 diamantadas, difusores de ar traseiros, apoio de braço dianteiro, volante multifuncional em couro sintético com aletas para trocas de marcha e espelhos de cortesia iluminados nos para-sóis.
A High acrescenta AEB e ACC, além de sistema de frenagem pós-colisão, assistente de permanência em faixa, detector de ponto cego, rodas aro 17 diamantadas, ar-condicionado digital automático, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, chave presencial, carregador por indução, painel digital de 10,25”, câmera de ré, sensores dianteiros, bancos em couro ecológico, iluminação ambiente e cortesia.

Foto de: Motor1 Argentina
No topo, a Outfit recebe praticamente o mesmo pacote da High, mas com tratamento diferenciado. Na Argentina, ela é uma versão, enquanto no Brasil é um pacote opcional da High. As mudanças são mais estéticas, com teto pintado em preto, rodas aro 17 escurecidas e acabamento exclusivo nos bancos.

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Fonte: Motor1 Argentina
E os preços?
A Volkswagen ainda não divulgou valores oficiais, mas concessionárias argentinas informaram preços de pré-venda: Tera MSI Trend MT5, 30.500.000 pesos (~R$ 125.050); Tera 170 TSI Comfort AT6, 34.500.000 pesos (~R$ 141.450); Tera 170 TSI High AT6, 37.500.000 pesos (~R$ 153.750); e Tera 170 TSI Outfit AT6, 38.500.000 pesos (~R$ 157.850). A garantia será de três anos ou 100.000 km.
Os valores finais não devem ficar muito distantes do posicionamento que o SUV já adota no Brasil, onde parte de R$ 105.890 na 1.0 MPI e vai até R$ 141.890 na High TSI automática, sempre se posicionando entre Polo e Nivus.