Ontem, 5 de setembro, a Volkswagen do Brasil finalmente revelou os preços do novo Golf GTI. É o retorno do hatch esportivo ao mercado brasileiro, onde deixou de ser oferecido em dezembro de 2019. De lá para cá, muita coisa mudou. O GTI trocou de geração e até já recebeu um facelift antes de voltar para cá. Com mais ares de exclusividade, o novo Golf GTI retorna importado e também mais caro.
A Volkswagen está pedindo R$ 430 mil pelo esportivo de oitava geração com os clássicos bancos xadrez ventilados. Mas o valor pode chegar a R$ 445 mil para quem optar pelos bancos revestidos de couro, com aquecimento e ventilação. Dá até um pouco de saudade do GTI de sétima geração, que deixou o mercado custando então R$ 151.530. Esse valor, corrigido pelo IPCA para dinheiro de hoje, seria o equivalente a R$ 211.228. Só que o Golf GTI de hoje é muito diferente – e melhor – que o de 2019.
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Fonte: Volkswagen
Antigo era nacional e menos potente
O Golf GTI de sétima geração tinha a carroceria feita no Brasil também, enquanto o de oitava passa a chegar importado e em menores volumes. Só aí, o preço do hatch esportivo já tem base para ter subido tanto. Mas não é somente no endereço da certidão de nascimento que a oitava geração mudou em relação à sétima.
Ambas usam o veterano motor EA888, 2.0 turbo a gasolina. Mas o Golf GTI de 2019 entregava apenas 230 cv a 4.700 rpm e 37,7 kgfm de torque a partir de 1.500 rpm. Já o que chegará aqui a partir de 2026 já oferece 245 cv e o mesmo número de torque. Os dois usam câmbio automatizado de dupla embreagem (DSG), mas o GTI de sétima geração tinha seis velocidades, contra sete marchas do novo.
A Volkswagen ainda não divulgou o peso do Golf GTI de oitava geração em sua configuração para o mercado brasileiro, mas a melhora na aceleração de 0 a 100 km/h é visível: 6,1 segundos, contra 7 segundos em seu antecessor nacional.


Lista de equipamentos de série era mais enxuta
Outro campo em que o Golf GTI de oitava geração dá um literal banho na sétima geração é na lista de equipamentos de série. O esportivo que saiu de linha por aqui em 2019 entregava ar-condicionado de duas zonas, direção elétrica, central multimídia Composition Media com tela de 8”, câmera de ré, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, sete airbags, chave presencial, retrovisores elétricos com rebatimento, sensor de chuva, sensor crepuscular, iluminação ambiente, painel de instrumentos analógico e volante multifuncional em couro com paddle-shift.


Isso sem contar a diferença na cabine. Como vocês podem ver acima, a sétima geração (direita) era bem mais simples e convencional, com instrumentos analógicos e uma multimídia de tamanho convencional para os padrões de hoje. Isso sem contar os comandos analógicos no carro antigo, todos substituídos por telas e comandos sensíveis ao toque na oitava geração. Em suma, grandes evoluções em relação ao antecessor.