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como saber quando trocar, calibrar e fazer rodízio

Os pneus são o único ponto de contato entre o carro e o chão, e ainda assim estão entre os itens mais negligenciados pelos motoristas. Além de influenciarem diretamente o consumo, a segurança e o conforto, eles também carregam uma série de informações importantes gravadas na lateral.

São os famosos códigos alfanuméricos que nem todo mundo entende. Saber interpretá-los, calibrar corretamente e cuidar dos pneus é essencial para manter o carro seguro e em bom desempenho. Veja também algumas dicas de como cuidar melhor de seus pneus e o que olhar num pneu novo antes de comprar.




Todo pneu em sua lateral, em ambos os lados, constam as informações das medidas, índice de carga e até de velocidade máxima suportada

Foto de: Redação Motor1 Brasil

Decifrando a sopa de números e letras

Ao olhar para a lateral do pneu, você verá algo como 205/55 R16 91V. Cada parte desse código tem um significado:

  • 205 – é a largura do pneu, em milímetros.

  • 55 – é a altura do perfil, que representa 55% da largura (quanto menor o número, mais baixo o perfil).

  • R – indica o tipo de construção, neste caso radial, a mais comum atualmente.

  • 16 – é o diâmetro da roda em polegadas.

  • 91 – o índice de carga, que mostra o peso máximo suportado por pneu.

  • V – o índice de velocidade, ou seja, a velocidade máxima segura que o pneu pode suportar.

Essas informações ajudam a garantir que o pneu correto seja usado no carro, respeitando as especificações de fábrica. Trocar por medidas diferentes sem orientação técnica pode alterar o comportamento dinâmico e até interferir no ABS e no controle de estabilidade.


Como saber se o pneu está velho

Mesmo que o pneu ainda tenha borracha, ele pode estar vencido. Todo pneu traz na lateral um código DOT, que indica a semana e o ano de fabricação. Por exemplo, “DOT 2422” significa que o pneu foi produzido na 24ª semana de 2022.

A recomendação da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) é que ele seja substituído após cinco anos de uso, independentemente da quilometragem, ou dez anos após a fabricação, mesmo se estiver guardado.



Informação do pneu 4124: Semana 41 do ano de 2024

Informação do pneu 4124: Semana 41 do ano de 2024

Foto de: Redação Motor1 Brasil



<p>TWI fica nos sulcos da banda de rodagem, mas há indicadores de onde encontrá-los nas laterais do pneu</p>

TWI fica nos sulcos da banda de rodagem, mas há indicadores de onde encontrá-los nas laterais do pneu

Foto de: Redação Motor1 Brasil

Fotos de: Redação Motor1 Brasil

Outro indicativo é o TWI (Tread Wear Indicator), pequenas elevações entre os sulcos. Quando a banda de rodagem chega nesse nível, o pneu já atingiu o limite legal de desgaste — 1,6 mm de profundidade — e deve ser trocado imediatamente. Há um indicador de onde encontrar o TWI dos sulcos na lateral da banda de rodagem do pneu.


Rodízio e alinhamento: por que e como fazer

O rodízio de pneus é fundamental para garantir desgaste uniforme e prolongar a vida útil do conjunto. Afinal, pneus com funções diferentes têm desgastes diferentes. Num carro de tração dianteira, por exemplo, fazem a tração e o direcionamento do carro ao mesmo tempo.  Vale ressaltar que cada pneu e cada unidade de veículo tem a sua durabilidade, que estão atrelados ao uso, e a manutenção preventiva do seu veículo, como alinhamento, balanceamento, estes serviços que devem ser realizados em oficinas especializadas.

A maneira correta depende do tipo de tração do veículo:

  • Tração dianteira: os pneus dianteiros sofrem mais desgaste, portanto devem ser trocados de posição com os traseiros em cruz (diagonal).

  • Tração traseira: o rodízio deve ser em linha, ou seja, os pneus dianteiros vão para trás e vice-versa, sem trocar de lado.

  • Tração integral (4×4): recomenda-se o rodízio em cruz entre todos os pneus, para evitar diferenças de diâmetro que possam danificar o sistema de tração.




Etiqueta adesiva na carroceria do Toyota Corolla

Etiqueta adesiva na carroceria do Toyota Corolla

Foto de: Redação Motor1 Brasil

Calibragem: o detalhe que faz toda diferença

A calibragem correta é um dos cuidados mais simples e importantes com os pneus.
A pressão ideal está indicada no manual do proprietário e também em uma etiqueta na coluna da porta do motorista, na tampa do combustível ou na tampa do porta-luvas, dependendo do modelo.

É fundamental calibrar os pneus sempre frios, ou seja, antes de rodar mais de 2 km ou com o carro parado por algumas horas. O ar aquece e se expande com o uso, o que altera a medição feita no posto. 

Rodar com pressão abaixo do recomendado aumenta o consumo, reduz a vida útil, compromete a estabilidade e faz o pneu esquentar mais, elevando o risco de estouro.

Já com pressão acima do ideal, o carro fica mais duro, perde aderência em curvas e o desgaste se concentra no centro da banda de rodagem.

Muitos carros trazem duas calibragens distintas — uma para meia carga (apenas motorista e passageiro) e outra para carga total (carro cheio e bagageiro ocupado). Essa diferença garante que o pneu mantenha o desempenho correto independentemente do peso transportado.


Etiqueta do Inmetro: eficiência e segurança em nota

Desde 2018, todos os pneus vendidos no Brasil precisam trazer a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), emitida pelo Inmetro.
Ela funciona como o “selo Procel” dos eletrodomésticos, avaliando três critérios principais:

  1. Eficiência energética (resistência ao rolamento): indica o quanto o pneu influencia no consumo de combustível. A nota vai de A (mais eficiente) a G (menos eficiente) — pneus com melhor nota reduzem o consumo e emitem menos CO₂.

  2. Aderência em piso molhado: mede a capacidade de frenagem no molhado, também classificada de A (melhor desempenho) a G (pior desempenho). É um indicador direto da segurança do pneu em dias de chuva.

  3. Ruído externo: apresentado em decibéis (dB) e em barras, mostra o nível de ruído que o pneu emite para o ambiente. Menos ruído significa mais conforto acústico e menos poluição sonora.

Consultar a etiqueta ajuda o consumidor a escolher um pneu que equilibre economia, segurança e conforto — e pode fazer diferença real no comportamento do carro.

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