O mercado automotivo global segue em transformação, e a BYD é uma das protagonistas dessa mudança. Nos primeiros seis meses de 2025, mais de 45,2 milhões de carros novos foram vendidos no mundo, alta de 3,8% sobre o mesmo período do ano passado. Nesse cenário, a marca chinesa superou a Hyundai e se tornou a 4ª maior montadora global, consolidando a força das fabricantes da China no mercado internacional.
Os fabricantes chineses tiveram papel fundamental nesse avanço do mercado automotivo global, com exportações que ajudaram a compensar as quedas registradas por várias marcas tradicionais.
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Fonte: Motor1.com
As marcas de carros mais vendidas do mundo
O ranking global, que também inclui veículos comerciais pesados, mostra mais uma vez a Toyota em primeiro lugar, com 4,73 milhões de veículos vendidos em todo o mundo. Na prática, um em cada dez carros novos vendidos no planeta leva o logotipo da japonesa.
O número também é superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando a gigante japonesa havia alcançado 4,48 milhões de unidades. Um resultado sólido, que confirma a força da Toyota apesar da concorrência cada vez mais intensa das fabricantes chinesas.

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Fonte: Toyota
A Volkswagen e a Ford seguem na segunda e terceira posições, mantendo seus lugares no ranking em relação ao ano passado. Mas a grande novidade é a entrada da BYD no top 5 global, alcançando um impressionante quarto lugar e ultrapassando Hyundai, Honda, Nissan, Suzuki e Kia. Uma conquista notável para uma marca que, até poucos anos atrás, era praticamente desconhecida fora da China.

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Não é só a BYD
Nos primeiros seis meses de 2025, a BYD vendeu pouco mais de 2 milhões de veículos, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período de 2024. Os números não incluem as vendas das marcas irmãs Denza, Fang Cheng Bao e Yangwang.
O sucesso é impulsionado principalmente pelas exportações, que estão compensando as dificuldades no mercado doméstico, onde a guerra de preços entre as marcas chinesas tornou a concorrência acirrada.
Fora da China, a BYD está se saindo bem no Sudeste Asiático (Tailândia, Malásia), na América Latina (Brasil, México) e também na Europa (Reino Unido, Itália). Esses são mercados que estão pressionando a empresa a abrir novas fábricas e a se preparar para um crescimento ainda maior. Nesse ritmo, a BYD poderá até ultrapassar a Ford no final do ano.
| Posição | Marca | Vendas (milhões de unidades) |
| 1 | Toyota | 4,73 |
| 2 | Volkswagen | 2,32 |
| 3 | Ford | 2,08 |
| 4 | BYD | 2 |
| 5 | Hyundai | 1,96 |
| 6 | Honda | 1,66 |
| 7 | Suzuki | 1,63 |
| 8 | Nissan | 1,62 |
| 9 | Kia | 1,59 |
| 10 | Chevrolet | 1,49 |
| 11 | BMW | 1,07 |
| 12 | Geely | 0,99 |
| 13 | Mercedes | 0,9 |
| 14 | Renault | 0,81 |

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Fonte: Divulgação
Apesar de ser a única marca chinesa entre as dez maiores do mundo, a BYD não está sozinha no avanço global das fabricantes da China. A Geely, que hoje é dona da sueca Volvo, também se destacou no primeiro semestre, registrando crescimento de 59% e alcançando quase 1 milhão de unidades vendidas. O resultado foi impulsionado especialmente pela submarca Galaxy e pelo Xingyuan, atualmente o carro mais vendido na China.

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Fonte: Nissan
As marcas que mais perderam espaço
No outro extremo do ranking, a Nissan aparece entre as que mais perderam terreno, com queda de 7,3% nas vendas, totalizando 1,62 milhão de veículos. A montadora japonesa ainda enfrenta problemas financeiros e continua perdendo participação em mercados estratégicos como América do Norte, Japão e China.
| Posição | País | Vendas (milhões de unidades) |
| 1 | Japão | 12,38 |
| 2 | China | 10,72 |
| 3 | Estados Unidos | 6,16 |
| 4 | Alemanha | 5,91 |
| 5 | Coreia do Sul | 3,71 |
| 6 | França | 1,78 |
| 7 | Índia | 0,82 |
| 8 | Itália | 0,7 |
| 9 | República Tcheca | 0,51 |
| 10 | Irã | 0,45 |
| 11 | Suécia | 0,43 |
| 12 | Reino Unido | 0,41 |
| 13 | Romênia | 0,36 |
| 14 | Espanha | 0,3 |
| 15 | Malásia | 0,24 |
| 16 | Rússia | 0,2 |
| 17 | Vietnã | 0,07 |
| 18 | Turquia | 0,02 |
| 19 | Taiwan | 0,01 |

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Fonte: Honda
A Honda também registrou recuo de 7,4% (1,66 milhão de unidades), principalmente por conta da baixa competitividade em veículos eletrificados (NEVs) no mercado chinês. Já Mercedes e Audi também viram suas vendas desacelerarem, penalizadas pela queda na demanda na China.
O autor do artigo, Felipe Munoz, é Especialista no setor automotivo da JATODynamics.
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