A Petrobras anunciou uma nova redução no preço da gasolina tipo A (pura) vendida às distribuidoras. A partir desta terça-feira (21), o valor médio de venda passará de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, uma queda de R$ 0,14, o equivalente a 4,9%. Esta é a segunda redução no ano de 2025, acumulando um recuo total de R$ 0,31 por litro (ou 10,3%) desde janeiro.
Desde dezembro de 2022, considerando a inflação do período, o preço da gasolina da Petrobras para as distribuidoras registra uma queda real de 22,4%. A companhia informou que os preços do diesel permanecem inalterados por enquanto — mesmo após três reduções em 2025 — e acumulam retração de 35,9% no mesmo intervalo.
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Fonte: Toyota
Gasolina mais barata na origem, mas ainda cara nas bombas
O anúncio chega em um momento em que o governo e consumidores esperavam reduções mais significativas nos postos após o aumento do teor de etanol anidro na gasolina comum, que passou de 27% para 30% (E30) no início de agosto.
Na prática, porém, o efeito foi discreto: dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para o mês de agosto mostraram que a média nacional caiu apenas de R$ 6,15 para algo entre R$ 6,04 e R$ 6,10, com variações mínimas na maioria dos estados.
Governo quer aumentar nível do etanol na gasolina para baixar preços
Foto de: Agência Brasil
Em São Paulo, maior mercado do país, a diferença foi de apenas R$ 0,01 — de R$ 6,05 para R$ 6,04 por litro. Estados como Mato Grosso e Rio Grande do Norte chegaram a registrar altas no preço médio.
Agora, com a nova redução no preço de origem, a expectativa é de que parte dessa queda seja repasada às bombas, mas isso depende das margens das distribuidoras e dos postos, além da política de ICMS de cada estado.
Mesmo assim, o movimento indica uma tendência de estabilização e leve alívio no custo dos combustíveis para o consumidor nas próximas semanas, especialmente se novas quedas forem anunciadas pela Petrobras. No entanto, como a Petrobras não atua diretamente na distribuição de combustíveis desde a privatização dessa área da empresa, culminando na criação da empresa privada Vibra, tanto medidas do governo quanto da Petrobras podem surtir menos efeito na redução dos preços, mas colocam pressão sobre as distribuidoras privadas por um preço menor.
