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GTA jamais sairá dos EUA, diz co-fundador da série

Se você é fã da franquia Grand Theft Auto, provavelmente já sonhou com um jogo da série se passando em outros países — talvez até no Brasil. Mas, ao que depender de um dos seus criadores, Dan Houser, isso não deve acontecer jamais.

Em entrevista ao podcast de Lex Fridman, o cofundador da Rockstar Games explicou por que a franquia é essencialmente estadunidense e dificilmente deixará de ser. Segundo Houser, o jogo é tão ligado à cultura dos Estados Unidos que simplesmente “não funcionaria em outro lugar”.

Toda regra tem sua exceção 

A única exceção aconteceu nos anos 1990, quando os jogos da série ainda tinham visão 2D, com os jogadores controlando carros, personagens e armas a partir de uma perspectiva superior. Foi nessa época que a Rockstar lançou GTA London, uma expansão solo baseada na capital de mesmo nome, lançada em 1999 para computadores pessoais (MS-DOS e Windows) e PlayStation.

A época, entretanto, era mais experimental, já que a série ainda buscava definir qual caminho seguir. Cada novo lançamento testava conceitos de jogabilidade, ambientação e narrativa — algo que mudaria completamente poucos anos depois.



Rockstar Games lança 2º trailer de Grand Theft Auto VI

Foto de: Rockstar Games

Foi apenas com GTA III, lançado em 2001, que o modo atual em 3D chegou ao jogo e revolucionou a forma como os títulos de mundo aberto são feitos. A partir dali, Grand Theft Auto se tornou sinônimo de liberdade, caos e sátira social, influenciando toda a indústria dos videogames.

Desde então, todas as aventuras se passam em versões fictícias de cidades norte-americanas, como Liberty City (Nova York), Vice City (Miami) e Los Santos (Los Angeles), sempre retratando com ironia e exagero as contradições e excessos dos Estados Unidos.



Rockstar Games lança 2º trailer de Grand Theft Auto VI

Foto de: Rockstar Games

Durante a conversa, Houser foi direto:

“Sempre decidimos que havia tanta coisa americana inerente à propriedade intelectual que seria muito difícil fazer com que funcionasse em Londres ou em qualquer outro lugar. Você precisava de armas, precisava desses personagens maiores que a vida.”

O roteirista explicou que a cultura dos Estados Unidos é o coração do universo de GTA. A série nasceu sobre uma base de ironia e humor ácido, satirizando temas como consumismo, violência e fama. “Parecia que o jogo falava muito sobre os Estados Unidos, talvez de uma perspectiva de fora, e isso era tão importante que não teria funcionado da mesma forma em outro lugar,” completou.



Grand Theft Auto VI Trailer

Para Houser, parte do sucesso vem justamente dessa mistura de realismo e exagero. “A América (sic) já é naturalmente absurda. Bastava amplificar o ridículo,” disse. O resultado é um retrato distorcido, mas reconhecível, de um país onde o sonho norte-americano convive com a decadência moral e o caos urbano.

Ele chegou a comparar a franquia com a literatura clássica: “É quase como uma versão psicótica de um livro de [Charles] Dickens.” Essa analogia resume o espírito de GTA: um universo em que o grotesco e o cotidiano coexistem, formando um espelho caricato da própria sociedade.




Expectativa para o novo título é alta 

Mesmo após 25 anos, esse DNA permanece. O próximo capítulo, Grand Theft Auto VI, será novamente ambientado nos Estados Unidos, no estado fictício de Leonida, inspirado na Flórida. O lançamento está marcado para 26 de maio de 2026 no PlayStation 5 e Xbox Series X/S, com chegada posterior ao PC.

A expectativa é imensa. GTA VI vem sendo um dos jogos mais aguardados dos últimos anos e já influencia toda a indústria. Diversos estúdios revisaram seus calendários para não lançar títulos no mesmo período do novo game da Rockstar.

Com dois protagonistas, Jason e Lucia, e uma trama que promete expandir o escopo da crítica social, o próximo GTA chega carregado de expectativa e deve, mais uma vez, redefinir o gênero — reafirmando o que Houser sempre disse: “O jogo fala sobre a América — e não teria graça se fosse em outro lugar.”

Lex Fridman / YouTube via IGN

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