A Changan alcançou no dia 9 de dezembro a marca de 30 milhões de veículos produzidos na China desde sua entrada no setor automotivo, em 1983. A chinesa, que já operou no Brasil no passado sob o nome Chana e se prepara para retornar em 2026 em parceria com a Caoa, torna-se agora a primeira fabricante não estatal da região a atingir esse volume.
O grupo vive um momento de reorganização interna. Em julho, a China Changan Automobile Group Co. Ltd. assinou um acordo para se tornar uma empresa estatal diretamente administrada pelo governo central chinês, ao lado de FAW e Dongfeng.
Foto de: Motor1 Brasil
No primeiro encontro com a imprensa após a reestruturação, o presidente Zhu Huarong afirmou que a meta da companhia é atingir 5 milhões de veículos produzidos e vendidos por ano até 2030, sendo mais de 60% deles novos elétricos (NEVs) e mais de 30% destinados à exportação.
A marca opera hoje com cinco submarcas: Avatr, Nevo, Deepal, Changan e Kaicheng. Cada uma atua em um posicionamento distinto, do mercado de entrada aos modelos elétricos mais sofisticados. Destas, já temos a confirmação de alguns modelos da primeira que devem começar a ser vendidos no país a partir do ano que vem, caso dos Avatr 11 e 12, que inaugurarão a nova fase da Changan no Brasil.
Foto de: Motor1 Brasil
Nos números mais recentes, referentes a novembro, a Changan registrou 283 mil veículos vendidos, uma alta de 2,3% em relação ao ano anterior. Desse total, 125 mil unidades foram de modelos eletrificados, crescimento de 23% ano contra ano. As exportações somaram 55 mil veículos, avanço de 47% em comparação com 2024.
Mesmo com esse desempenho, a Changan ainda aparece no meio do ranking de exportações de elétricos. Em novembro, ocupou o 11º lugar entre as montadoras chinesas, com 4.189 unidades enviadas ao exterior, atrás de startups como Xpeng e Leapmotor.
No Salão de Guangzhou, realizado em novembro, a Changan detalhou parte de seu plano para os próximos anos. A marca pretende lançar mais de 50 modelos elétricos e híbridos até 2030, todos baseados na nova arquitetura inteligente Tianshu. A plataforma dará origem a SUVs compactos, vanss de grande porte e modelos voltados ao uso fora de estrada.
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Fonte: Mario Villaescusa / Motor1.com
No Brasil, Caoa Changan
Confirmando os rumores que já vinham circulando, o grupo Caoa, que representa a Chery no país e recentemente se separou das operações da Hyundai, oficializou sua parceria com o grupo chinês Changan durante os dias de imprensa do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo deste ano.
Na apresentação, o público presente pôde ver alguns dos modelos cotados para chegar ao mercado brasileiro a partir de 2026, como os Changan Uni-T e CS75, além de dois elétricos da linha de luxo Avatr.
Quando o evento foi aberto ao público, apenas os modelos da Avatr permaneceram expostos aos visitantes, um sinal de que a nova parceria deve priorizar as opções mais sofisticadas do portfólio, ao menos neste primeiro momento. Em uma segunda fase, os modelos Changan devem ser introduzidos para gerar maior volume de vendas.
Fonte: Carnewschina
