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a história do sedã japonês quase americano

Após sete anos de hiato, o Brasil voltará a contar com um Salão do Automóvel para chamar de seu. O evento, presente no calendário de entusiastas do país desde os anos 1960, retorna reformulado e com uma configuração de marcas bem diferente da que estávamos acostumados até então.

Prova disso é que boa parte dos expositores desta edição tem origem chinesa. Há até mesmo a promessa de algumas marcas que farão sua estreia por lá, como a MG Motors e a Changan. Outras, como a Leapmotor — pertencente ao grupo Stellantis, dono de Fiat, Jeep e Peugeot, só para citar algumas — mostram que nem mesmo os grupos ocidentais estão imunes à influência dos modelos vindos da região. É como diz o ditado: se não pode vencê-los, junte-se a eles. E ele está mais atual do que nunca, com a chinesa Geely anunciando a aquisição de uma participação na Renault do Brasil para produzir carros elétricos em nosso país.



Foto de: InsideEVs.de



MG Cyberster (2025) - Argentina

Foto de: Motor1 Argentina

Não é de hoje, entretanto, que marcas e grupos conhecidos se unem para lançar, ou pelo menos prometer, modelos destinados a competir em segmentos nos quais ainda não atuam. E, com essa deixa, para a primeira nota da série Promessas do Salão, relembramos um modelo anunciado na já longínqua edição de 2008 e que acabou nunca chegando às ruas. Pelo menos, não com a marca que o prometeu.

Tiida da Dodge?

Não, você não leu errado. O carro das imagens, uma derivação três-volumes do Nissan Tiida, quase foi oferecido no Brasil e em outros mercados latino-americanos como um produto Dodge. Na época, antes da união do grupo Fiat com as marcas Dodge e Chrysler, as criadoras de modelos como o 300C e o Charger viviam o pior momento financeiro de sua história, com uma séria ameaça de fechar as portas caso não conseguissem se recuperar da crise financeira global daquele ano.

O modelo nasceu de um acordo entre a Dodge e a Nissan para a criação de um carro menor, compacto, econômico e voltado para mercados fora do eixo México-Canadá-EUA, onde a presença da Dodge era tímida.



Promessas do Salão: o Nissan Tiida que quase virou Dodge

Foto de: Redação Motor1 Brasil

Diferente dos dias atuais, em que a Dodge depende basicamente dos modelos Durango e Charger, o portfólio da marca em 2008 era relativamente completo. Contava com um sedã médio, o Avenger, um hatch com teto alto, o Caliber, e se preparava para lançar o Journey, seu modelo de maior sucesso no Brasil. Mas nenhum deles tinha apelo suficiente para custar tão barato quanto o tal Trazo.

Assim como o hatch que já era vendido por aqui, a ideia era que o sedã mantivesse o mesmo motor 1.8 16V MR18DE, com até 126 cv e 17,5 kgfm de torque, além de um pacote relativamente generoso de equipamentos, incluindo ar-condicionado, direção hidráulica, rádio e opção de câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades.



Promessas do Salão: o Nissan Tiida que quase virou Dodge

Foto de: Redação Motor1 Brasil

Para isso, o modelo não ganhava nenhuma mudança significativa em relação ao equivalente vendido pela Nissan. Estavam ali o mesmo visual quadradinho, a mesma grade frontal ligando os faróis e o painel retilíneo. De diferente, apenas os logos da Nissan trocados por um genérico escrito “Trazo”, além da inscrição “By Dodge” na tampa traseira.

As medidas também eram as mesmas do Tiida sedã vendido no exterior, ou seja, cerca de 4.472 mm de comprimento, 1.685 mm de largura e entre-eixos de 2.600 mm. O porta-malas, segundo a Dodge, era de 390 litros.



Promessas do Salão: o Nissan Tiida que quase virou Dodge

Foto de: Redação Motor1 Brasil

Na época, especulava-se que o Trazo competiria com as versões básicas de Vectra, Civic e Corolla — modelos médios cujos preços partiam da casa dos R$ 55 a R$ 60 mil — além das versões mais completas de Polo Sedan, Linea e do Honda City, que havia sido anunciado naquele mesmo salão. Sua chegada estava prevista para agosto de 2009, algo que nunca aconteceu.

Após o salão, a marca não tocou mais no assunto do sedã, mas, ao que tudo indica, a parceria com a Nissan teria azedado os planos. Alguns meses depois, ambas anunciaram o fim da colaboração, sem maiores explicações.

Como o flerte entre a Fiat e as marcas Dodge e Chrysler já estavam firmes, é possível que a ideia tenha sido abortada em favor de modelos da união entre as gigantes, que foi concluída em 2014 e resultou na criação da FCA e, posteriormente, da Stellantis. O resto é história.

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