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BorgWarner amplia produção e terá nova linha de turbos no Brasil em 2027

A BorgWarner fechou 2025 com números expressivos na fábrica de Itatiba (SP), confirmados durante uma visita da imprensa às instalações — da qual o Motor1 Brasil participou. Além de apresentar crescimento de produção e novas metas para a operação local, a companhia detalhou um plano de nacionalização que começa em 2027 e que deve ampliar o papel do Brasil dentro de sua estratégia global para tecnologias de combustão eficiente e eletrificação.

Segundo a empresa, a unidade registrou aumento de 25% nas vendas na comparação com 2024, impulsionado tanto pelos turbocompressores quanto pelas correntes de sincronismo fornecidas a Renault, Nissan e Stellantis. A produção de turbos para aplicações leves e pesadas cresceu cerca de 20%, enquanto as correntes de sincronismo avançaram 25%. Durante a visita, foi possível observar que o ritmo de fabricação é sustentado por linhas dedicadas a aplicações flex, pesadas e híbridas, com foco em atender montadoras e o mercado de reposição.

Para 2026, o cenário é de estabilidade, mas 2027 marca um avanço importante: a instalação de uma nova linha de turbos flex para veículos de passeio. Trata-se da nacionalização de um componente atualmente fabricado na Europa e que equipará modelos de uma montadora no Brasil — a empresa não confirma qual. A mudança reforça a tendência de trazer parte da produção para o país à medida que requisitos de emissões e eficiência se tornam mais rígidos.

Nos bastidores, a BorgWarner destacou que a fábrica de Itatiba produz integralmente tecnologias voltadas ao menor impacto ambiental. Entre elas estão os turbocompressores com tecnologia ball bearing, essenciais para que caminhões e ônibus atendam à norma Proconve L8, equivalente ao padrão Euro 6. Também são produzidas localmente as unidades da série B01, aplicadas em motores híbridos que equipam modelos na Europa e na China — e que podem abrir caminho para aplicações nacionais conforme a eletrificação avança entre montadoras instaladas no país.



BorgWarner - fábrica de Itatiba

Foto de: BorgWarner

Outro ponto reforçado foi a agenda de sustentabilidade. A planta recebeu neste ano a certificação ISO 50.001, dedicada à gestão eficiente de energia. Entre 2021 e 2025, a fábrica reduziu em cerca de 70% as emissões de CO₂ de escopos 1 e 2, diminuiu em 50,4% o consumo de água e opera com energia 100% renovável. Desde 2015, o prédio também conta com certificação LEED de construção sustentável, além de tratamento integral de resíduos.

A BorgWarner mantém ainda um programa de remanufatura de turbocompressores iniciado em 2001 no Brasil. O processo recolhe peças usadas, restaura os componentes e devolve ao mercado unidades remanufaturadas com a mesma garantia de um turbocompressor novo. Segundo a empresa, o programa evita o descarte de toneladas de alumínio, ferro fundido e outros componentes, reduzindo impactos ambientais sem comprometer performance.

Na área social, a companhia tem ampliado iniciativas de inclusão. Hoje, 33% dos colaboradores da fábrica são mulheres — avanço em relação aos 21,8% registrados em 2022 — e profissionais surdos contam com intérpretes de Libras e adaptações visuais no ambiente de trabalho. Programas de capacitação também ajudam jovens aprendizes a ingressar no setor industrial.

No final, a impressão é que a operação de Itatiba ganha peso dentro da estratégia global da BorgWarner. Com expansão de capacidade, certificações ambientais, projetos de nacionalização e tecnologias aplicadas a híbridos e pesados, a fábrica passa a ocupar uma posição mais relevante na cadeia automotiva brasileira — e pode influenciar diretamente a evolução dos motores flex e eletrificados que chegarão ao mercado nos próximos anos.

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