Prometida em meio às comemorações do centenário de atuação da General Motors no país, a nova geração do Chevrolet Captiva será apresentada no próximo dia 8 de julho, junto com o pequeno elétrico Spark EUV, a família Onix e o Tracker. O SUV maior, porém, deve chegar somente com propulsão elétrica, ao menos por enquanto.
Agora, quase oito anos depois de seu fim, o modelo retornará com novo posicionamento dentro da linha, ocupando espaço entre o Equinox a combustão e sua variante elétrica. Em preços, os dois são oferecidos com valores a partir de R$ 279.890 e R$ 440.190. Vale lembrar que o Captiva EV é uma variante do chinês Wuling Starlight S (fotos abaixo).
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Fonte: Divulgação
Desta forma, não é difícil imaginar que um Captiva EV ocupe a faixa dos R$ 300 mil reais, hoje inexplorada pelo grupo. Suas dimensões são bem próximas a de modelos nessa faixa de preço, como o BYD Song Plus e as versões mais equipadas do GWM Haval H6. No total, são 4.745 mm de comprimento, 1.890 mm de largura, 1.680 mm de altura e entre-eixos de 2.800 mm.
A estratégia, no entanto, pode ser ainda mais abrangente do que inicialmente previsto. Em entrevista ao site GM Authority, o vice-presidente de comunicação e políticas públicas da GM América do Sul, Fábio Ruas, revelou que a marca estuda lançar também uma versão híbrida plug-in (PHEV) do Captiva em alguns mercados da região.

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Fonte: InsideEVs Argentina
Segundo Ruas, a configuração híbrida poderia ser uma alternativa em países com infraestrutura de recarga ainda limitada, como ocorre em grande parte da América do Sul. Além disso, o Captiva PHEV está sendo analisado para mercados com incentivos fiscais para veículos eletrificados de entrada, como a Argentina.

Versão Chevrolet terá poucas alterações em relação ao original
Foto de: Divulgação
Caso seja realmente lançado, espera-se que utilize o mesmo sistema de propulsão do Wulling Starlighit S já oferecido na China, equipada com um motor 1.5 de ciclo Atkinson, naturalmente aspirado, combinado a um motor elétrico. Juntos, entregam 201 cv de potência e 31 kgfm de torque. O sistema é alimentado por uma bateria de 20,5 kWh, capaz de oferecer até 130 km de autonomia em modo 100% elétrico, com alcance total superior a 1.100 km quando combinada à atuação do motor a combustão.

O primeiro Captiva, vendido na década de 2000.
Foto de: Chevrolet
Muito além do Captiva original
Elétrico ou híbrido: tudo muito diferente do primeiro Chevrolet Captiva comercializado no Brasil na década de 2000. Em sua gama de motorizações, era oferecido com trens de força de grande cilindrada, indo de um 2.4 16V Ecotec até um 3.6 V6, não sendo exatamente conhecido por sua eficiência energética nem por bons números de consumo.
Apesar de não ser um sucesso absoluto, o Captiva reafirmou a boa imagem dos modelos Opel que a Chevrolet do Brasil tinha em outros tempos e vendeu 61,4 mil unidades durante sua passagem pelo país, durante os anos de 2008 a 2017. Ainda sim, o SUV marcou época ao trazer refinamento e novidade em uma linha que carecia de novidades. Na época, quem buscava um modelo do tipo dentro da linha da marca americana contava apenas com o Blazer, lançado ainda na década de 90.