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Contrariando tendência, Grupo Renault teve vendas em alta na Europa

O Grupo Renault encerrou o primeiro semestre de 2025 com alta de 1,3% nas vendas globais, contrariando o cenário de retração da Europa. No Velho Continente, as vendas de automóveis de passeio da marca Renault cresceram 5,4% em um mercado estável, superando a média do setor e impulsionando o desempenho geral do grupo.

Entre as marcas do conglomerado na região, a Renault avançou 8,4%, com 394.278 unidades vendidas. A Dacia, subsidiária romena com foco em veículos acessíveis, cresceu 1,1%, totalizando 308.957 unidades. Já a Alpine, marca esportiva do grupo, teve alta de 89%, com 4.871 emplacamentos, ainda que partindo de uma base reduzida.

Apesar do bom desempenho, dados preliminares da consultoria Dataforce apontam que o mercado europeu (União Europeia, EFTA e Reino Unido) recuou 1,1% no semestre. O balanço foi divulgado poucos dias após o grupo revisar suas metas financeiras, já sob o comando do CEO interino Duncan Minto, que assumiu o cargo após a saída repentina de Luca de Meo, em junho.

Vendas de utilitários em queda 

O segmento de veículos utilitários comerciais foi um dos principais focos de pressão: as vendas da Renault caíram 29% na Europa, num mercado que como um todo recuou 13%. De acordo com Minto, o setor foi fortemente impactado pela instabilidade econômica global. A Renault também aponta como causas a chegada recente da van Express, baseada no Dacia Dokker (vendido na América do Sul como Renault Kangoo), e a oferta ainda restrita da nova geração da van grande Master.

Ainda assim, o grupo fechou o semestre com aumento de 2,5% na receita, atingindo 27,6 bilhões de euros. A margem operacional ficou em 6%, enquanto o fluxo de caixa livre somou 47 milhões de euros, mesmo sob pressão de 900 milhões de euros em capital de giro. Os estoques globais caíram de 560 mil veículos em março para 530 mil no fim de junho.



Renault Master 2024

Com o cenário desafiador e maior concorrência global, a empresa revisou suas metas: a margem operacional esperada caiu de ≥7% para cerca de 6,5%, e o fluxo de caixa livre foi ajustado de ≥2 bilhões para uma faixa entre 1,0 e 1,5 bilhão de euros. Como resposta, a Renault ampliou seu programa de corte de custos.

Elétricos e híbridos ganham espaço na Renault

A eletrificação é um dos pilares da expansão da marca Renault. Os modelos 100% elétricos (BEVs) representaram 16% das vendas da marca no semestre, alta de 57% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionada pelo lançamento do Renault 5. Já os híbridos completos somaram 41% das vendas, com crescimento de 36%.

Fora da Europa, as vendas da Renault cresceram 16%, elevando a participação internacional da marca para 36% do total. Destaque para Marrocos (+48%, com o Kardian), Coreia do Sul (+150%, com o Grand Koleos, derivado de um modelo da Geely) e Argentina (+97%). A marca espera manter o ritmo com uma nova versão do Renault 5 por 25 mil euros e o futuro lançamento do Twingo EV, uma releitura do subcompacto com visual inspirado na primeira geração e meta de preços na faixa dos 20 mil euros.

Dacia cresce com Spring e Bigster

Com uma leve retração global de 0,7%, a Dacia somou 356.084 unidades no semestre. A queda foi atribuída à reconfiguração comercial na Turquia, onde o Duster passou a ser vendido sob a marca Renault. Ainda assim, a participação da Dacia na Europa permaneceu estável em 4,5%.

Entre os destaques positivos está o subcompacto elétrico Spring – que é, em essência, a versão romena do Kwid E-Tech vendido no Brasil – que teve crescimento de 63%, com cerca de 16 mil unidades comercializadas após a reestilização. Já o SUV médio Bigster, primeiro modelo desenvolvido pela Dacia nesta categoria, registrou mais de 17 mil unidades vendidas, sendo mais de 70% para clientes que migraram de outras marcas.

A marca projeta fechar 2025 com 700 mil unidades vendidas, acima das 674 mil registradas em 2024. Segundo o diretor de vendas Frank Marotte, a concorrência de marcas chinesas é acompanhada de perto, mas poucas operam na mesma faixa de preço da Dacia, com exceção da MG. “Isso nos força a adaptar e melhorar. Já superamos movimentos semelhantes de japonesas e sul-coreanas no passado”, afirmou.

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