Depois dos pilotos de Fórmula 1 serem obrigados a usar o colete de resfriamento durante o GP de Singapura (ou carregaram um lastro no carro durante as sessões para aqueles que optassem não usar o sistema), agora o mesmo acontecerá na corrida em Austin, já que há o risco das temperaturas alcançarem mais de 31°C.
É esperado que a temperatura ambiente durante a sprint seja de 34°C, o que já ultrapassa o limite imposto pela categoria no documento que declara o heat hazard. No domingo, a máxima prevista é de 31°C.
Com a obrigatoriedade sendo declarada oficialmente nos documentos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para Austin, os pilotos terão as mesmas duas opções do último fim de semana: usar o colete de resfriamento ou adicionar uma carga de 0,5kg ao carro.
Durante a etapa de Singapura, Charles Leclerc, da Ferrari, Fernando Alonso, da Aston Martin, e Gabriel Bortoleto foram alguns dos pilotos que optaram por usar o sistema que faz uma água gelada circular por partes do macacão, os mantendo resfriados por mais tempo.
No entanto, para o piloto da Ferrari, a baixa temperatura só se manteve por cerca de cinco voltas, enquanto Alonso declarou que se sentiu mais resfriado por pelo menos uma hora.
“Foi físico, mas, para ser honesto, eu esperava mais”, declarou Bortoleto, que já sabia sobre as dificuldades e exigências das altas temperaturas de Singapura.
“Não sei se o colete de resfriamento tem algo a ver com isso, mas definitivamente todo mundo estava dizendo que seria a corrida mais difícil do ano e, sei lá, simplesmente não parecia. Mas ainda assim foi difícil”.
“Liguei [o colete] nas primeiras 10-15 voltas e depois disso ele fica bem quente, então é melhor desligá-lo”.
Enquanto isso, Max Verstappen e Lewis Hamilton foram dois pilotos que criticaram bastante o uso do sistema. As principais críticas são referentes ao conforto do piloto dentro do carro com os tubos, apesar de finos. As pernas e tórax ficam ainda mais apertados em um cockpit que já é bastante pequeno.
Além disso, como relatado por Bortoleto, a água que circula pelos tubos esquenta rapidamente e, assim, o efeito pode ser contrário.
