Recém-chegada ao país, a fabricante chinesa GAC tem grandes planos para os próximos anos. Entre eles, está um SUV compacto apenas a combustão que deverá chegar para concorrer com VW T-Cross e Hyundai Creta nos próximos meses. Prova disso é o flagra que fizemos com exclusividade do modelo rodando pelas ruas de São Paulo (SP).
Chamado de GS3, o modelo ainda contava com os logotipos da fabricante camuflados e portava placa verde, indicando que está em processo de testes de homologação. Por ser um SUV a combustão, precisa passar por validações mais rigorosas do que os eletrificados ou elétricos que a GAC já oferece hoje.
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Fonte: Motor1.com
Com 4,41 m de comprimento e 2,65 m de entre-eixos, o SUV é um pouco maior que Hyundai Creta, VW T-Cross e Honda HR-V. O interior segue o padrão dos modelos asiáticos, oferecendo telas digitais integradas para o painel de instrumentos e a central multimídia. Os revestimentos, por sua vez, têm acabamento macio ao toque.
O grande destaque do GS3, entretanto, está sob o capô. O modelo traz um motor 1.5 turbo de terceira geração, chamado Megawave Power Engine, que entrega 177 cv a 5.500 rpm e 27,5 kgfm de torque (entre 1.400 e 4.500 rpm). A transmissão é automatizada de dupla embreagem, banhada a óleo, com sete marchas.

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No quesito segurança, o GS3 foi avaliado com nota máxima (5 estrelas) no ASEAN NCAP, graças ao uso de aço de alta resistência em 58,9% da estrutura, além de seis airbags de série e programa eletrônico de estabilidade (ESP).

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Fonte: Motor1 Brasil
GAC quer fábrica e motores flex no Brasil
Quando confirmou oficialmente sua chegada ao país, ainda em dezembro de 2024, a GAC deixou claro que tinha planos sólidos para seu futuro na região. Para isso, comprometeu-se a investir cerca de R$ 120 milhões em pesquisa e desenvolvimento em três grandes universidades do país.
A ideia é que a fabricante desenvolva, junto a essas universidades, novas tecnologias automotivas que possam ser aplicadas em escala industrial, impulsionando a competitividade global do mercado brasileiro no setor. Além desse investimento, a GAC também planeja se instalar e produzir seus modelos localmente, embora ainda não tenha definido o local.

Foto de: Motor1 Brasil

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No médio prazo, há ainda planos de adaptar seus modelos híbridos e a combustão para o etanol. No caso do GS3, essa adaptação o ajudaria a enfrentar rivais já estabelecidos com mais força. Na ocasião, os executivos da GAC destacaram: “No momento, com a base do motor que temos agora, nosso motor pode se adaptar ao combustível brasileiro. Esse é o primeiro passo: transformar motores a gasolina em flex. No futuro, vamos considerar, com o crescimento do nosso negócio, construir e produzir no Brasil”.