A General Motors fechará uma de suas fábricas na China num movimento de reestruturação de suas operações no país, onde já dividiu a liderança com a Volkswagen, mas que agora sofre com queda nas vendas.
A planta a ser fechada fica na cidade de Shenyang, no nordeste da China, onde são produzidas a minivan Buick GL8 e o SUV Chevrolet Tracker.
Segundo a Reuters, a fonte que confirmou o fechamento da planta falou sob condição de anonimato, indicando que os planos continuam sob sigilo, mas mostra que a situação não está fácil por lá.
Com fabricantes nacionais apoiados por subsídios governamentais assumindo o controle do mercado, a GM perdeu espaço e agora tem que posicionar-se numa nova realidade.
A montadora americana é sócia de uma joint venture, a SAIC-GM-Wuling, que aposta nos carros elétricos das marcas Wuling e Baojun, focando agora na exportação sob a marca Chevrolet.
Mesmo assim, isso não chega nem perto da importância do mercado chinês para a GM, cuja sede em Detroit relatou US$ 4 bilhões em encargos de reestruturação na China, incluindo aí o fechamento de fábricas.
De qualquer forma, a GM relatou lucro patrimonial com saldo positivo no quarto trimestre antes dos custos de reestruturação.
Mary Barra, CEO da GM, disse em uma conferência automotiva em Nova York na semana passada que o futuro da montadora na China, o maior mercado automotivo do mundo, se concentraria na Cadillac, na Buick e em seus negócios de importação premium.
Ou seja, a tendência é o fim da Chevrolet na China, num movimento que assusta, afinal, foi exatamente assim a saída quase total da GM na Europa.
Barra comentou sobre Buick e Cadillac: “Esses são veículos muito desejados por certos consumidores chineses, que podemos trazer e ter um negócio muito bem-sucedido”.
E o Tracker? Não se sabe ainda se a produção será transferida ou abandonada na China, uma vez que ele já é produzido em dois países da Ásia Central, além de Brasil e Argentina.
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