A Renault confirmou neste domingo (15) que Luca de Meo deixará o cargo de CEO do grupo a partir de 15 de julho. O executivo italiano, que assumiu o comando da empresa em 2020 vindo da Seat-Cupra, foi o responsável pela profunda reestruturação da montadora, incluindo o plano estratégico “Renaulution” que reposicionou a marca no cenário global.
Durante sua gestão, de Meo impulsionou o lançamento de novos SUVs, consolidou a transformação da Alpine em marca de alto desempenho 100% elétrica e coordenou o retorno do icônico Renault 5 como modelo elétrico urbano. Também atuou na revisão da aliança com a Nissan, buscando maior autonomia entre os parceiros.
Luca de Meo – CEO Renault Group
Foto de: Motor1.com
O grupo Renault comunicou que a saída ocorre por decisão pessoal do executivo, “em busca de novos desafios fora do setor automotivo”. Apesar disso, a imprensa francesa aponta que de Meo já estaria alinhado para assumir o cargo de CEO da Kering, grupo controlador de marcas como Gucci, Balenciaga e Yves Saint-Laurent. A Kering ainda não comentou oficialmente sobre a possível nomeação.

50
Fonte: Renault
Luca de Meo encerra seu ciclo na Renault com resultados positivos. “Os números falam por si: são os melhores da nossa história. A empresa está transformada e pronta para o futuro”, declarou o executivo em nota oficial. Ele também presidiu recentemente a ACEA (Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis), defendendo a criação de carros urbanos acessíveis como resposta à concorrência chinesa.
O presidente do conselho da Renault, Jean-Dominique Senard, elogiou a liderança de de Meo, chamando-o de “capitão excepcional da indústria”. O grupo informou que o processo de sucessão já foi iniciado com base em um plano previamente definido.

Foto de: Alpine
A saída repentina do executivo, que até o fim de 2024 negava qualquer intenção de deixar o cargo, ocorre em meio à recuperação da Renault no mercado europeu e ao fortalecimento de sua estratégia elétrica. Agora, a montadora terá o desafio de manter o ritmo de inovação e competitividade diante de um cenário global cada vez mais disputado, sobretudo com o avanço das chinesas.
Fonte: Reuters