Trocadilhos à parte, o GLC foi a grande estrela da Mercedes-Benz no Salão de Munique deste ano. O SUV estreou o que a marca chama de tecnologia EQ, além de inaugurar a nova e polêmica identidade visual da montadora de bólidos, marcada por uma grade luminosa pixelada de grandes proporções.
Mas, se você achou a grade do novo SUV um tanto exagerada, prepare-se. O próximo modelo da linha a adotá-la pode ter uma ainda maior. Ao divulgar uma imagem enigmática nas redes sociais, Gordon Wagener, chefe de design da Mercedes-Benz, afirmou: “Sabe a grade icônica que apresentamos no Salão do Automóvel de Munique de 2025? Considere-a um lampejo de impulso criativo. Prepare-se para o que está por vir.”
A publicação veio acompanhada de um teaser mostrando a imensa parte frontal de um sedã envolto em sombras. A imagem já foi suficiente para gerar especulações: há quem veja ali a próxima geração do Mercedes-Benz Classe S, enquanto outros apostam em uma variante cupê ou conversível do carro-chefe da marca.
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Fonte: Mercedes-Benz
Na imensidão
E se a grade do novo GLC já é tudo menos discreta, a do sedã misterioso parece ir ainda mais longe. A peça ocupa praticamente toda a dianteira do veículo e, pelo tamanho, já descarta a possibilidade de se tratar do futuro Classe C, que recentemente ganhou um teaser com linhas bem mais comedidas.
O “impulso criativo” citado por Wagener pode estar ligado a um modelo mais exclusivo, ou até mesmo ao restyling do EQS, que deve abandonar o sufixo EQ e adotar um nome mais simples: Mercedes-Benz Classe S, assim como a versão a combustão. Nossas apostas? Trata-se da nova geração — ou de um extenso facelift — do sedã topo de linha da marca, o Classe S.

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Fonte: Motor1 Italy
O que já sabemos
A Mercedes-Benz está investindo mais do que o normal na atualização do Classe S, e há um bom motivo para isso: o baixo interesse do público pelo EQS. O modelo elétrico, que deveria ser o sucessor natural do sedã a combustão, não conseguiu repetir o sucesso, forçando a marca a repensar a estratégia.
Em entrevista à revista britânica Autocar, o CEO Ola Källenius admitiu que o futuro do Classe S será dividido entre duas versões totalmente diferentes. De um lado, o tradicional modelo a combustão, que seguirá firme por mais tempo; do outro, um Classe S elétrico, desenvolvido em uma arquitetura específica para esse tipo de propulsão.

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Apesar de compartilharem o nome, os dois carros não serão equivalentes. Källenius explicou que forçar versões tão distintas a dividir a mesma base seria um erro, já que comprometeria o espaço interno, o luxo e o refinamento — pilares históricos do Classe S.
O executivo reconheceu que manter dois projetos independentes é caro, mas disse que a Mercedes planeja reaproveitar componentes entre eles para reduzir custos. A marca já está se adiantando ao futuro, com motores atualizados para atender às regras Euro 7, e continua sendo uma das poucas a oferecer opções V12, algo cada vez mais raro no segmento.
O atual Classe S W223 ainda passará por um facelift antes de se despedir, o que significa que sua substituição completa só deve acontecer no fim da década. A nova geração, chamada internamente de W224, deve manter motores a gasolina e talvez a diesel, coexistindo com o futuro Classe S elétrico até o final dos anos 2030.
A estratégia é semelhante à da BMW, que também mantém o Série 7 a combustão ao lado do i7 elétrico. A diferença é que a Mercedes-Benz havia prometido se tornar uma marca totalmente elétrica até 2030, promessa que agora parece mais flexível. O próprio Källenius já deixou claro que o ritmo da transição dependerá do interesse dos consumidores.
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– Equipe do Motor1.com