A Mitsubishi pode estar fora da iminente união entre Nissan e Honda. De acordo com o jornal japonês The Yomiuri Shimbun, inicialmente os planos da Mitsubishi até eram de participar da negociação, mas seus acionistas e executivos estariam mudando de ideia.
Com dito pelo presidente da Mitsubishi Motors, Takao Kato, há algumas semanas, a união com as outras duas conterrâneas sempre foi uma opção. A empresa também já havia manifestado que só chegaria a uma conclusão sobre a sua participação ou não na nova holding no final de janeiro.
Mas a situação corporativa pode ser um tanto complicada. A Nissan detém uma porcentagem das ações da Mitsubishi desde 2016. Na época do então CEO Carlos Ghosn, a Nissan detinha 34% da rival. Atualmente, 27% pertencem à Nissan e mais 15% são da Renault.
Segundo a Bloomberg, a Honda deixou claro que não quer que a Renault se envolva na fusão. Com isso, o futuro da Mitsubishi fica ainda mais confuso, uma vez que, mesmo não participando da união Honda-Nissan, ela pode continuar sendo dividida entre duas outras grandes empresas.
Agora, as fontes ouvidas pelo jornal japonês confirmam que a Mitsubishi Motors continuará como uma montadora independente, enquanto fortalece a cooperação com as outras duas empresas. Entre os objetivos atuais da Mitsubishi está aumentar a sua participação de mercado no sudeste asiático, onde já é forte.
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Essa decisão parte também de outros acionistas da Mitsubishi Motors, como a Mitsubishi Corp. que detém 20% das ações. Segundo o jornal, esses acionistas acreditam que primeiro é preciso observar como será esse processo de reestruturação da Nissan feito pela Honda.
Do lado da Mitsubishi, a pretensão é de atuar como uma parceira técnica, sem se apressar em integrar os negócios com a Honda e a Nissan. Eles acreditam que as duas terão dificuldades para cobrir custos de desenvolvimento nas áreas de direção autônoma e veículos de definição por software, que podem ser aprimorados através de atualizações remotas.
De qualquer modo, o anúncio oficial e derradeiro da Mitsubishi está previsto para dia 3 de fevereiro, quando a empresa fará uma apresentação sobre seus ganhos fiscais do terceiro trimestre.
