Não se pode pensar em um BMW sem imaginar uma parte essencial de sua dianteira característica, o duplo rim: aquele item com dois lóbulos centrais que identifica todos os BMW há décadas. Talvez sempre tenha sido assim, mas especialmente hoje é muito mais do que um logotipo: é um elemento de design em si.
Ao longo dos anos, ele foi ampliado, enfatizado, esculpido e, às vezes, exagerado, de acordo com o princípio de que tamanho correspondia a maior presença. Mas com a nova era da BMW, começando com o Neue Klasse, esse rim volta a ter razão de ser: não é uma simples grade de grandes dimensões, mas um sinal visual que muda de forma, posição, iluminação e função.
Voltando às origens: Neue Klasse e o início da distinção
A Neue Klasse da década de 1960 foi um marco para a BMW: não apenas tecnicamente, mas também estilisticamente.
Foi naqueles anos que, graças às ideias de Wilhelm Hofmeister e Giovanni Michelotti, o duplo rim assumiu um papel fundamental no front-end: os dois elementos, colocados centralmente e integrados à largura da grade do radiador, tornaram-se um ponto focal de reconhecimento.
A Neue Klasse original: BMW 1500 (1962)

E, finalmente, também se tornou um símbolo, mais do que as aberturas grandes, finas e verticais das aranhas da BMW da década de 1930. Depois, o tempo passou e a grade central ficou mais pronunciada, muitas vezes com contornos cromados e, em muitas versões modernas, tornou-se um espaço muito grande, também para incorporar sensores, radar e tecnologia de “bastidores”.
O iX3: rim reduzido, função enfatizada.
Com o novo iX3, a BMW está declinando o rim de uma maneira diferente: o motivo é mais estreito, mais vertical, mais essencial. Não se trata apenas de uma questão de estética. O design da parte dianteira foi moldado para deixar o rim “falar”: sensores, radares e câmeras podem ser integrados à superfície, mas o elemento visual permanece forte.

BMW 328 (1936) e 328 Hommage concept (2011)

BMW M3: o rim duplo se expande

BMW i7, o rim duplo assume grandes proporções
É um sinal claro: o rim não é mais apenas uma grade a ser preenchida com cromo, mas um elemento modular que pode assumir significado e função em cada modelo. E ele também é luminoso, pois agora as frentes podem ser identificadas mesmo à noite.
Quando o sinal se torna ainda mais um sinal
A nova era da BMW parece querer superar a tentação do “grande rim à força”. Com o Neue Klasse, o chefe de design Adrian van Hooydonk retoma a ideia – já pioneira de Chris Bangle – de diferenciar o caráter dos diferentes modelos.
O que muda é o tom: não se trata de expressionismo exagerado, mas de uma linguagem coerente em que o rim pode ser o perfil, a geometria, a luz. No futuro, poderemos ver versões “reforçadas” para salões – o conceito Neue Klasse tem o rim estendido horizontalmente – e modelos esportivos, ou versões mais sóbrias para carros elétricos, que não precisam de grades de resfriamento. É uma nova fase: o rim não é apenas uma marca no nariz, ele faz parte da identidade visual de cada BMW.
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– Equipe do Motor1.com