A General Motors Argentina anunciou hoje (9/6) que estenderá o cronograma de suspensão da produção em sua fábrica de Alvear (Santa Fé) até o final do ano. No entanto, ao mesmo tempo, a montadora revelou que está trabalhando em um plano de investimento para fabricar a “nova geração” do Chevrolet Tracker na Argentina.
A notícia veio do comunicado oficial que a montadora divulgou nesta manhã, em resposta a uma consulta do Motor1.com Argentina:
“A GM informa que, com o objetivo de adaptar seu planejamento de produção regional, implementará uma suspensão de uma semana por mês na fábrica de Alvear, de julho a dezembro de 2025. Essa medida é baseada na dinâmica das exportações no atual cenário sul-americano e não afetará o fornecimento de veículos para o mercado argentino, nem os investimentos para fazer as atualizações necessárias na fábrica para fabricar a nova geração do Tracker”.
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Fonte: Placa Verde
Esta é a primeira vez em que a GM fala sobre a produção da “nova geração do Tracker” no país vizinho. A empresa não forneceu detalhes sobre o valor do investimento, os prazos de implementação ou as características do novo modelo. No entanto, é possível que – em vez de uma geração completamente nova – seja uma reestilização, como a que também está sendo planejada para produção no Brasil.
Seja qual for o caminho que a marca escolher, essa é uma boa notícia para o futuro da fábrica de Alvear (ARG), onde o Tracker era fabricado até maio, quando a GM decidiu suspender a produção do SUV que ocorria em paralelo com a brasileira. A linha de produção vem sofrendo uma sucessão de paradas de linha há mais de quatro anos.
Tudo começou com o bloqueio às importações e a forte restrição ao dólar na Argentina, durante o governo de Alberto Fernández, Cristina Kirchner e Sergio Massa. As dificuldades de acesso à moeda estrangeira impediram o pagamento aos fornecedores no exterior, que suspenderam o envio de peças para a fábrica e forçaram a interrupção da produção em várias ocasiões. Esse foi um problema que afetou quase todas as fábricas de automóveis da Argentina na época.
Projeção: Novo Chevrolet Tracker 2026 (BR)
Foto de: Motor1.com
Com as importações já liberadas, a GM continua com as suspensões de produção, mas agora por causa da “dinâmica das exportações no atual cenário sul-americano”. Aparentemente, a demanda pelo Tracker doméstico, que é exportado para mercados como Colômbia e Brasil, caiu.
Ao mesmo tempo, sabe-se que, globalmente, a GM está em conversações com a Hyundai para aproveitar suas fábricas na América do Sul para produzir uma família de picapes da marca sul-coreana nessa região.
A GM Argentina é a única montadora na Argentina que atualmente mantém o regime industrial de “carros redundantes”, que várias linhas de montagem implementaram em tempos de restrições de importação, mas que agora está obsoleto.
Trata-se de veículos que são produzidos, com as mesmas características e com peças compartilhadas, ao mesmo tempo em países com os quais a Argentina tem comércio livre de tarifas, como o Brasil e o México. Os “carros redundantes” de outros fabricantes começaram a deixar de ser produzidos naquele país no início do ano: é o caso do VW Taos produzido em Pacheco e da Nissan Frontier fabricada em Córdoba. O Motor1.com Argentina já publicou uma reportagem sobre como será a reestilização do Chevrolet Tracker.
