A Dodge deixou muita gente irritada quando anunciou que a nova geração do Charger, lançada em meados de 2024, seria um esportivo somente elétrico. Há até quem diga que a saída repentina de Carlos Tavares da Stellantis tenha relação com o fracasso dessa estratégia. Mesmo assim, a marca já tem planos de reverter o quadro.
Cerca de um ano depois, a fabricante vive, assim como a Ram, um momento de volta às origens. Enquanto a linha de picapes celebrou o retorno do motor Hemi V8 na 1500, a Dodge começou a apostar também no novo Charger Sixpack, movido pelo Hurricane-6 3.0 biturbo, com tração integral de série e opção de tração traseira. Ele é vendido nas carrocerias cupê e sedã, com diferença de US$ 2.000 (cerca de R$ 10.800) a mais para o quatro portas. Mas não será só isso.
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Fonte: Dodge
O novo Dodge Charger pode até não ter um V8 sob o capô, pelo menos ainda não nas versões de rua, mas já existe uma forma de colocar um Hemi de volta ao modelo. A marca apresentou o Charger Hustle Stuff Drag Pack 2025, uma versão de arrancada feita sob medida e equipada com um V8 supercharger, fiel à tradição dos muscle cars americanos.
O modelo traz o visual mais recente do Charger a combustão, com peças de fibra de carbono no capô, portas, painel frontal e tampa do porta-malas. A dieta de material leve fez o Hustle Stuff ficar cerca de 30 kg mais leve que o antigo Challenger Drag Pack.
Foto de: Dodge
Sob o capô, o V8 de 5,8 litros (354 pol³) superalimentado recebeu o novo bloco Hemi de alumínio GEN III, além de bielas H-beam, pistões Diamond de alumínio, virabrequim forjado e um tensionador de supercharger mais leve. A força é enviada às rodas traseiras por uma transmissão automática Coan Racing XLT de três marchas, com conversor de torque de alto desempenho. Segundo a Dodge, o carro é capaz de percorrer o quarto de milha em menos de oito segundos. O nome “Hustle Stuff”, aliás, é uma homenagem ao antigo catálogo de performance da Mopar dos anos 1970.
O Charger também ganhou nova geometria de suspensão, com um eixo traseiro reforçado de quatro braços e conjunto Mark Williams Enterprises de 9 polegadas, com relação final de 4,30:1. Entre os opcionais estão o Pacote de Componentes de Motor Leve, que adiciona tampa dianteira Blackbird, bomba de óleo externa e barra estabilizadora traseira, e o Pacote de Dados, que inclui registrador de telemetria, assento de competição Racetech de fibra de carbono (reduz cerca de 9 kg) e driveshaft de carbono, que economiza mais 3 kg.
A cor padrão é Knuckle White, mas há outras 18 opções de pintura, incluindo tons icônicos como B5 Blue, Frostbite, Go Mango, Plum Crazy, Sinamon Stick e Sublime, além de pacotes gráficos exclusivos.
A produção será limitada a apenas 50 unidades, destinadas a pilotos da categoria NHRA Sportsman, já homologadas para competir na Factory Stock Showdown. O carro vem com gaiola de proteção em cromo-molibdênio certificada pela NHRA (SFI 25.5/7.50 ET), assentos e cintos de segurança Sabelt com certificação SFI e rede de janela de competição.
Cada unidade custará a partir de US$ 234.995 (cerca de R$ 1,27 milhão), valor que não inclui a taxa de destino. As reservas do Charger Hustle Stuff Drag Pack 2026 já estão abertas, e a Dodge promete um bônus de US$ 26.000 (aproximadamente R$ 140.000) ao primeiro comprador que conquistar uma vitória oficial na NHRA Factory Stock Showdown.
