Relembrando os tempos em que foi vendido no Brasil, a nova geração do Fiat 500 acaba de ganhar um propulsor bem conhecido do nosso mercado. Apesar de ter nascido pensado para ser um elétrico, as mudanças do mercado e da própria direção da marca abriram espaço para a volta de um motor a combustão, mas agora ligado a um sistema do tipo híbrido-leve.
Estamos falando do 1.0 Firefly. Sim, aquele que equipa boa parte dos compactos do grupo Stellantis no Brasil, como o Mobi e Argo. No 500 híbrido, ele gerará 70 cv, sempre ligado a um câmbio de 6 marchas manual. O sistema eletrificado também será bem parecido com o que já conhecemos nos SUVs da marca italiana: um híbrido-leve de 12v, que ajuda o carro em pequenas situações, mas não é capaz de movê-lo ou tracionar as rodas.
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Fonte: Stellantis
Mas por que híbrido?
Diferente da geração que tivemos por aqui – e que ainda era vendida no mercado europeu – a nova encarnação do 500 ficou cara demais para continuar sendo um produto de volume. Sem um hatch compacto como o Argo desde o fim do Punto, em 2018, o subcompacto retrô e o antigo Panda acabavam por ser as opções mais acessíveis da italiana no Velho Continente.
Agora, com o novo propulsor híbrido, espera-se que a produção do 500 aumente bastante. A Fiat tem como objetivo fabricar cerca de 5.000 unidades até o final do ano em sua fábrica de Mirafiori, na Itália. O investimento também justificará a manutenção e permanência da fábrica, que hoje só produz carros de nicho da Maserati e o próprio 500e.

Foto de: Fiat
Depois que os carros da pré-série forem montados, uma nova fase começa para a fábrica de Turim, que já produz o 500 elétrico e terá que produzir mais 100.000 carros por ano quando estiver totalmente operacional.
Ao anunciar essas metas, que fazem parte do plano estratégico da Stellantis, o grupo também confirmou alguns detalhes técnicos do 500 híbrido, como a adoção do conhecido motor 1.0 de 3 cilindros híbrido-leve e da caixa de câmbio manual. Ainda não se fala em números de consumo para o novo Fiat 500 híbrido, mas tendo mais ou menos as mesmas dimensões do Fiat Panda, é possível que seu consumo fique na casa dos 20 km/litro.

Foto de: Fiat
Também como cabrio
Assim como geração vendida por aqui entre 2009 e 2019, o novo Fiat 500 híbrido será vendido com três carrocerias diferentes: tradicional, 3+1 (que possui apenas porta do lado do passageiro e com abertura inversa) e Cabrio. No lançamento do 500 híbrido em novembro, será apresentada ainda a série especial Fiat 500 Torino, em homenagem à cidade onde o “cinquino” nasceu em 1957.
A Fiat também anuncia a presença a bordo do novo Fiat 500 híbrido de instrumentação digital em uma tela de 7 polegadas e um multimidia de 10,25 polegadas Uconnect 5. Também não fará feio na segurança, contando com seis airbags e sistema ADAS com frenagem automática de emergência, assistente de manutenção de faixa e sistema de reconhecimento de sinais de trânsito.

Fiat 500 híbrido (2025), o interior
Foto de: Fiat
Preços
O maior destaque do novo 500 híbrido, entretanto, será seu preço consideravelmente menor que o atual modelo elétrico. Os preços do novo Fiat 500 híbrido começarão em € 17.000 (cerca de R$ 108.765), praticamente metade dos € 29.950 (R$ 191.618) pedidos por um 500e de entrada.
Não se sabe se a Fiat tem planos de vendê-lo em outras regiões além do mercado europeu, mas a combinação do motor 1.0 Firefly aliado ao sistema híbrido leve de 12v pode ser uma antecipação do que podemos esperar no futuro compacto nacional baseado na nova geração do Panda, que já foi confirmado como substituto do Argo por aqui em algum momento depois de 2027.
Atualmente, a linha 500 é vendida no Brasil somente na versão ICON, com um conjunto elétrico protagonizado pelo motor de 87 kW (118 cv) e 22,4 kgfm de torque, alimentado pela bateria de até 42 kWh. As unidades disponíveis ainda são da linha 2022, e custam a partir de R$ 214.990.