Dezessete milhões. Esse é o número de Clios vendidos pela Renault desde o lançamento original em 1990. Em 35 anos e cinco gerações, o compacto se consolidou como o carro francês mais popular de todos os tempos. Mesmo em 2025, já mostrando sinais de idade, foi capaz de liderar as vendas na Europa. Ou seja: o pequeno ainda é muito importante para a marca francesa.
Não é todo dia que se faz três décadas e meia de história. E por isto mesmo a Renault tratou de dar ao seu último hatchback a contar com motor à combustão um novo visual externo e interno, alinhado a nova identidade visual da francesa. Será ele o responsável por levar a marca durante a transição para modelo elétricos, na próxima década.
As mudanças visuais modernizaram a imagem do Clio e deram ao hatch um aspecto de carro maior. Os faróis ficaram mais afilados e agora utilizam tecnologia full-LED, enquanto a assinatura luminosa em forma de “C” ganhou novo desenho.
Foto de: Renault
Cara de gente grande
A grade frontal exibe dezenas de pequenos losangos que remetem diretamente ao logotipo da Renault. No topo da gama, a versão esportivada Esprit Alpine conta com rodas de 18″, teto levemente mais inclinado e spoiler traseiro marcante, em uma referência à esportividade das antigas versões RS.
Na traseira, as lanternas bipartidas mudaram bastante a identidade do hatch, sendo este o primeiro modelo da marca francesa a adotar o recurso.

Foto de: Renault
O crescimento não foi apenas visual: o Clio 2026 agora mede 4,11 metros de comprimento, 1,76 m de largura e 2,59 m de entre-eixos, mantendo a altura em 1,45 m. As bitolas mais largas aumentam a estabilidade e reforçam a postura mais imponente do modelo, aproximando-o de carros de categorias superiores.

Foto de: Renault
Cabine de elétrico
A cabine também foi atualizada e segue muito do que está presente no Renault 5 e no Megane elétrico. As versões mais completas trazem duas telas de 10,1″ integradas e um volante emprestado de modelos maiores da marca.
Apesar da digitalização — e do corte de custos — crescente, a Renault preservou alguns comandos físicos para funções essenciais, como ar-condicionado e multimídia. O porta-malas segue como ponto forte, oferecendo até 391 litros de capacidade, agora com acesso facilitado por uma soleira de carga 40 mm mais baixa.

Foto de: Renault
Foco na hibridização
Sob o capô, o motor a diesel ficou no passado e a aposta agora é na eletrificação. O sistema E-Tech híbrido combina um motor 1.8 a gasolina de quatro cilindros com dois propulsores elétricos, entregando 160 cv e 17,3 kgfm.
O hatch acelera de 0 a 100 km/h em 8,3 segundos, um segundo a menos que antes. Segundo a marca, em uso urbano o Clio pode rodar até 80% do tempo em modo elétrico, com autonomia total próxima de 1.000 km. O consumo médio é de 25,6 km/l.

Foto de: Renault
A força híbrida é transmitida por uma caixa multimodal, com duas marchas dedicadas ao motor elétrico e quatro para o motor a combustão. No total, são 15 combinações possíveis entre eletricidade e gasolina. Não há embreagem porque o carro sempre parte em modo elétrico, e também não existe marcha à ré: o movimento para trás é feito apenas pelo motor elétrico.
A gama mantém opções mais acessíveis. Um motor 1.2 turbo de três cilindros, com 115 cv e 19,4 kgfm, pode ser associado a câmbio manual ou automático de dupla embreagem de seis marchas. Outra alternativa é o Eco-G 1.2 a GLP (gás natural), com 120 cv e 20,4 kgfm, disponível exclusivamente com transmissão automática.