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Seat pode cortar produção e despedir 1.500 funcionários; motivo surpreende o mercado europeu e Bruxelas pode ter culpa nisso

cupra tavascan

Das marcas do grupo Volkswagen na Europa, o elo mais fraco é a espanhola Seat, que chegou a ser “condenada” a não mais vender carros, mas somente motonetas e bicicletas elétricas…

Fabricante de sempre dos espanhóis, a Seat nunca está longe do perigo e mesmo com a Cupra, a coisa não anda como deveria andar.

A pressão de Bruxelas sobre as marcas chinesas no mercado europeu, por incrível que pareça, não afeta apenas BYD , MG, NIO e outras do país asiático, mas também fabricantes locais, como a Seat.

Para a Seat, se a União Europeia continuar sobretaxando os carros elétricos chineses, a divisão ibérica da Volkswagen terá problemas graves com seu importado e isso significará cortar produção e demitir 1.500 trabalhadores.

Se você pensou nos funcionários chineses, errou. No portfólio da Cupra, o Tavascan é o segundo modelo da submarca, mas ele é produzido na China e enviado para o velho continente.

A Tesla, na Alemanha, faz o mesmo com o Model 3 feito em Xangai e vendido na Europa. Diferente do que ocorre no Brasil, por lá não há distinção entre quem só importa ou quem fabrica no continente e também importa.

terramar tavascan raval
terramar tavascan raval

Assim, mesmo a Seat sendo uma marca espanhola e, por consequência, europeia, verá o seu Tavascan ser sobretaxado, assim como os carros elétricos da Lotus, que é inglesa, como da MG, sua conterrânea.

Esta última não produz nada na Europa, embora já o tenha feito no Reino Unido, mas ele é a mais sobretaxada com até 48% de imposto de importação.

No caso da Seat, surpreende por ela ter um sólido parque industrial na Espanha e ainda fazer parte da maior montadora da Europa.

Wayne Griffiths, CEO da CUPRA e da SEAT, disse à Reuters : “Não temos muito tempo. Precisamos chegar a uma solução no primeiro trimestre”.

Griffiths disse no final do ano passado que o Tavascan seria “aniquilado” pela sobretaxa e isso colocaria “todo o futuro financeiro da empresa em risco”.

Com isso, o CEO avisou que precisaria cortar a produção na Espanha e demitir 1.500 trabalhadores da Península Ibérica.

Pois é, mesmo sem relação direta com a importação do Tavascan, quem pagará o pato no final não serão os chineses, mas os espanhóis da Seat…

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