A Stellantis anunciou hoje (22/5) a destinação de parte do aporte de R$ 13 bilhões por aqui entre 2025 e 2030. Desta vez, o grupo deu mais detalhes para a operação de Goiana (PE), onde hoje já são fabricados Fiat Toro, Jeep Renegade, Jeep Compass, Jeep Commander e Ram Rampage.
A grande novidade é que a Stellantis confirmou já para o início de 2026 “a chegada da tecnologia Bio-Hybrid” ao pólo industrial pernambucano. Isso significa que, a partir do ano que vem, virá mais um híbrido do grupo com produção nacional, na esteira de Pulse e Fastback Hybrid, que usam sistema híbrido-leve de 12V. No entanto, quando a Stellantis fala em Bio-Hybrid, não especifica exatamente qual será a tecnologia empregada, pois a nomenclatura pode abranger híbrido-leve de 12V, híbrido-leve de 48V, híbrido pleno ou ainda híbrido plug-in.
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O que se tem de fato é que essa novidade eletrificada será apresentada para a plataforma atual produzida em Goiana, a Small Wide. Então podemos esperar que novo híbrido pernambucano da Stellantis virá para Toro, Compass, Renegade, Commander ou Rampage. Deles, o Compass é o que tem mais rivais diretos já com eletrificação.
Até 2030, a Stellantis ainda tem um ousado plano de introduzir 6 novos modelos a serem produzidos na fábrica de Goiana. A empresa, porém, não deu pistas do que está por vir até o final da década. A grande surpresa anunciada pelo grupo, por outro lado, é que a linha de montagem pernambucana receberá mais uma marca até 2030. Das marcas atuais da Stellantis no Brasil, apenas Peugeot, Citroën e a divisão esportiva Abarth não têm produção em Goiana.

Plataforma Bio-Hybrid e-DCT – híbrido convencional
Foto de: Stellantis
Sabendo que a Stellantis continuará focando na plataforma Small Wide em Goiana, é difícil prever um produto Peugeot ou Citroën sendo produzido por lá no futuro próximo. No entanto, os investimentos são para até 2030. O Jeep Compass de nova geração pode já ter chegado ao país até lá, já com a plataforma STLA Medium. Com ela, modelos como Peugeot 3008 e Citroën C5 Aircross ganham chances de nacionalização.