Ainda que tenha apostado bastante em elétricos na última década, a Volkswagen também acredita na tecnologia de carros híbridos e está demonstrando isso pela primeira vez com o novo T-Roc, que, em breve, contará com dois tipos: um leve e um pleno, ainda sem data oficial de chegada.
Já se sabe que não é um conjunto de origem chinesa, já que ele utilizará a atual geração dos propulsores TSI, e servirá para reduzir ainda mais o consumo de combustível e – principalmente na Europa – o nível de emissões de seus carros.
29
Fonte: Volkswagen
Como dito, a atual geração do T-Roc é a atual menina dos olhos do grupo VW na Europa, e há grandes motivos para isto: com o conceito ID. Cross apontando para um futuro T-Cross elétrico, cabe a ele o papel de ser um meio termo para a transição energética por lá.

Foto a: Volkswagen

Motor 1.2 TSI evo2 da Volkswagen
Foto a: Volkswagen
Sendo assim, ele será sempre ofertado como híbrido, deixando de lado as motorizações só a gasolina ou diesel oferecidos até então. O novo propulsor, chamado de 1.5 eTSI, é equipado com desativação de cilindros, turbocompressor de geometria varíável, ciclo Miller e um BSG de 48V no lugar do alternador. Esse conjunto tem mais chances de chegar primeiro aos VW brasileiros, já com produção nacional.

O sistema híbrido completo do Volkswagen T-Roc 2026
Foto a: Volkswagen
O que chegará primeiro ao mercado será o híbrido-leve 1.5 eTSI, que utiliza o motor 1.5 TSI evo2 com desativação de cilindros, turbocompressor de geometria variável, ciclo Miller e alternador de partida por correia (BSG) de 48 V. Nesse caso, o propulsor pode render 131 cv ou 150 cv, sempre com 25,5 kgfm de torque.
A opção mais avançada é o híbrido pleno, que usa o mesmo 1.5 TSI evo2, acoplado a um módulo híbrido integrado ao câmbio. Esse conjunto reúne a transmissão automática de dupla embreagem de 7 marchas, o motor elétrico e até o compressor elétrico do ar-condicionado.

Lembra-se do Golf GTE? Versão rara por aqui também contava com motor no câmbio
Sistema de Golf
O propulsor elétrico fica posicionado entre o motor a combustão e a caixa de câmbio, permitindo rodar em modo 100% elétrico em algumas situações. Como não é plug-in, a energia utilizada é sempre gerada e recuperada pelo próprio carro. A bateria de alta voltagem, instalada sob os bancos traseiros, ainda não teve sua capacidade divulgada, mas é ela que alimenta o sistema, que também conta com conversor DC/DC e servofreio elétrico.
Essa solução lembra bastante o que a Volkswagen já havia feito com o Golf GTE na sétima geração, vendido oficialmente no Brasil entre o fim de 2019 e 2020. Na prática, o GTE combinava o motor 1.4 turbo a uma transmissão automática de 6 marchas, com um motor elétrico posicionado entre eles. A bateria de 8,8 kWh permitia até 50 km de rodagem elétrica, mas, por ser um híbrido plug-in, exigia recarga externa por tomada — algo que não acontece com o novo T-Roc.

O sistema híbrido completo do novo Volkswagen T-Roc com motor 1.2 TSI evo2 e módulo híbrido
Foto a: Volkswagen
No caso do híbrido pleno, o T-Roc terá duas calibrações de potência combinada: 136 cv ou 170 cv, ambas com 30,6 kgfm de torque máximo. São números competitivos e não muito distantes dos 140 cv e 197 cv oferecidos por por rivais diretos.

Flagra de Nivus com carroceria modificada pode ser indício dos novos híbridos nacionais
Foto de: @placaverde
Brasil também terá híbrido
A importância do T-Roc de nova geração cresceu bastante nos últimos dias após uma fala de Thomas Schäfer, CEO da VW, que citou em entrevista que o T-Roc seguiu o caminho do híbrido pleno porque era uma demanda da América do Sul, onde SUV é feito.
O comentário provavelmente foi um equivoco, já que não se fabrica T-Roc na região. Mas pode ter sido também um ato falho, já pensando em investimentos futuros. Desde 2024, vale lembrar, a alemã já anunciou investimentos bilionários para o país, incluindo aportes para eletrificação, o que tornaria possível que as novas gerações de Nivus e T-Cross façam uso da tecnologia do SUV europeu também.
Há, ainda, a possibilidade de os dois SUVs serem substituídos pelo próprio T-Roc, com óbvias adaptações para o mercado nacional, tal como o T-Cross e Nivus europeu já possuem hoje em relação aos seus pares feitos no Brasil. O que já é certo é a produção do 1.5 na planta de São Carlos (SP), além de uma nova base, que será chamada de MQB Hybrid