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Volkswagen não terá mais carros conversíveis em breve

Ainda que os conversíveis nunca tenham sido populares no Brasil, a história da Volkswagen é marcada por modelos abertos no mercado europeu. Do Fusca ao Golf Cabriolet, passando pelo Eos e pelo recente T-Roc Cabrio, a marca construiu uma trajetória que agora chega ao fim.

Mesmo em mercados onde esse tipo de carroceria ainda sobrevive, a Volkswagen confirmou que não haverá uma nova geração do T-Roc conversível, apesar do desempenho comercial satisfatório em países como Alemanha e Reino Unido.

A decisão faz parte da redução de portfólio acertada com sindicatos no fim de 2024, priorizando a produção de modelos mais racionais e, sobretudo, elétricos. Ainda assim, vale relembrar alguns dos conversíveis mais marcantes da marca nas últimas décadas.



VW Karmann-Ghia Cabrio foi único nacional feito pela marca no Brasil

Foto de: Thomas Tironi

Volkswagen Karmann-Ghia

Lançado no Brasil quase dez anos depois de estrear na Europa, o Karmann-Ghia foi o único Volkswagen nacional a contar com versão conversível de fábrica. Produzido em lotes extremamente limitados, tinha preço elevado e complexidade maior de produção, o que reforçava seu caráter exclusivo. Com motor 1500 de 52 cv a partir de 1967, o modelo era visto como um verdadeiro “fora-de-série de fábrica”. Estima-se que apenas 177 unidades tenham sido produzidas até 1971, o que o torna hoje uma raridade valorizada no mercado de colecionadores.

O processo de montagem reforçava essa aura especial. A mecânica saía da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo e seguia para a Karmann, responsável pela carroceria e pelo teto. O conversível brasileiro tinha uma estrutura mais simples que a versão europeia, sem forração interna no teto e com reforços adicionais para compensar a ausência da capota rígida. 



Volkswagen Eos

Foto a: Volkswagen



Volkswagen Eos

Volkswagen Eos, a capota rígida

Foto a: Volkswagen



Volkswagen Eos

Volkswagen Eos, os interiores

Foto a: Volkswagen

Volkswagen Eos

O Eos foi lançado em 2006 como uma aposta ousada da Volkswagen em um segmento em declínio. O projeto foi desenvolvido sob a supervisão de Peter Schreyer, hoje chefe de design da Kia, e tinha identidade própria, ainda que usasse a mesma base do Golf e do Jetta MK5. Seu diferencial era a capota rígida retrátil CSC (Coupe-Sunroof-Convertible), um mecanismo de cinco partes que incluía até um teto solar de vidro.

A complexidade do sistema acabou se tornando um dos principais problemas do carro, elevando custos e dificultando a manutenção. Produzido até 2015, o Eos foi vendido na Europa com motores 1.4 TSI, 2.0 TSI, 2.0 TDI e até V6 de 260 cv. No Brasil, chegou em 2009 em versão única, com motor 2.0 TSI de 200 cv e câmbio de dupla embreagem. Estima-se que apenas 120 unidades tenham sido emplacadas, tornando-se uma raridade no país.



Volkswagen Golf Cabriolet

Volkswagen Golf Cabriolet

Foto a: Volkswagen



Volkswagen Golf Cabriolet

Volkswagen Golf Cabriolet, vista traseira em três quartos

Foto a: Volkswagen



Volkswagen Golf Cabriolet

Volkswagen Golf Cabriolet, os interiores

Foto a: Volkswagen

Volkswagen Golf Cabriolet

Parte das variantes que não chegaram oficialmente ao Brasil, o Golf de sexta geração foi o último a contar com uma configuração Cabriolet. Produzido entre 2011 e 2016, manteve o tradicional teto de lona e preservou a identidade esportiva do modelo, ampliando a linha com opções voltadas a diferentes perfis de consumidores. Além das versões convencionais, a Volkswagen também ofereceu o conversível nas variantes GTI e R.

A versão mais potente, a R, trazia sob o capô o motor 2.0 TSI de 265 cv, acoplado ao câmbio automático DSG. O desempenho estava no mesmo nível de esportivos fechados da época: acelerava de 0 a 100 km/h em 6,4 segundos e atingia 250 km/h de velocidade máxima. Apesar do apelo, o Golf Cabriolet permaneceu restrito à Europa



Volkswagen Beetle Cabriolet

Volkswagen Beetle Cabriolet

Foto a: Volkswagen



Volkswagen Beetle Cabriolet

Volkswagen Beetle Cabriolet, os três quartos traseiros

Foto a: Volkswagen



Volkswagen Beetle Cabriolet

Volkswagen Beetle Cabriolet, o painel de instrumentos

Foto a: Volkswagen

Volkswagen Fusca Cabriolet

O primeiro conversível da Volkswagen foi o Fusca Cabriolet, lançado em 1949 e produzido até os anos 1980, já na configuração Super Beetle. Fabricado pela Karmann, o modelo se tornou um clássico mundial e ajudou a consolidar a imagem da marca no pós-guerra. Trazia motores boxer de quatro cilindros refrigerados a ar, com cilindradas entre 1,1 e 1,6 litro.

Décadas depois, a Volkswagen resgatou o conceito com o New Beetle Cabriolet, apresentado em 2003 como uma reinterpretação moderna do ícone, mirando rivais como o Mini. Em 2013, veio a terceira geração, batizada simplesmente de Beetle Cabriolet, que permaneceu em linha até 2019. Com teto de lona e desenho mais contemporâneo, manteve a filosofia de unir estilo único a uma condução mais próxima à de um Golf, oferecendo motores a gasolina e diesel de até 220 cv na versão R-Line.



Volkswagen T-Roc conversível

Volkswagen T-Roc conversível

Foto a: Volkswagen



Volkswagen T-Roc conversível

Volkswagen T-Roc Convertible, a visão de cima

Foto a: Volkswagen



Volkswagen T-Roc conversível

Volkswagen T-Roc conversível, o interior

Foto a: Volkswagen

Volkswagen T-Roc conversível

Último de sua espécie, o T-Roc Cabrio foi lançado em 2020 e seguirá em produção até 2027. É um dos poucos SUV-cabriolets do mundo e, ainda que não faça muito sentido, tem a proposta de unir a posição de dirigir elevada e o vão livre maior de um utilitário à capota de lona retrátil. Com 4,27 metros de comprimento, acomoda quatro ocupantes e oferece porta-malas de 280 litros, apostando mais no estilo de vida do que na praticidade.

A gama de motores inclui o 1.0 TSI de três cilindros e o 1.5 TSI Evo, ambos turbo, combinados a transmissões manuais ou automáticas DSG de dupla embreagem. Embora tenha pouco espaço em mercados como o italiano, o T-Roc Cabrio encontrou público na Alemanha e no Reino Unido, onde sustenta a tradição dos conversíveis da marca. A nova geração do T-Roc, no entanto, não conta com versão aberta, o que pode significar o encerramento definitivo dessa trajetória na Volkswagen.

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