Quando apresentou o protótipo ID.Polo, em setembro deste ano, era de se pensar que o futuro do menor hatch vendido hoje seria totalmente elétrico. Ao que parece, os planos não serão exatamente assim, ao menos por enquanto.
Em entrevista recente ao Auto Express, Martin Sander, membro do conselho de administração da Volkswagen responsável por vendas, marketing e pós-vendas, afirmou que o Polo a combustão, aquele que conhecemos desde 2017, ainda terá vida longa dentro da estratégia da marca.
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“Haverá uma atualização para o Polo a combustão. Podemos continuar a fabricar carros com motor a combustão pelo tempo que for necessário, não há limite. A plataforma [MQB-A0] existente é mais do que capaz disso.”
Atualmente, o Polo europeu, assim como seus irmãos Seat Ibiza e Skoda Fabia, utiliza a arquitetura MQB-A0, uma variação simplificada da base MQB do Golf. Trata-se de uma plataforma pensada para reduzir custos e otimizar espaço, ainda que com soluções técnicas mais simples, como a suspensão traseira menos sofisticada.
Mesmo assim, a Volkswagen entende que a MQB-A0 ainda tem bastante lenha para queimar. Segundo Sander, parte das tecnologias presentes na MQB Evo, utilizada pelo novo T-Roc, poderá ser incorporada em algum momento também ao Polo. Isso inclui uma arquitetura eletrificada mais moderna, novas interfaces digitais no interior e sistemas de assistência à condução mais avançados.

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Fonte: Volkswagen
Essa atualização também abrirá espaço para mudanças importantes na parte mecânica. Já sabíamos que a base ganharia em algum momento sistemas híbridos, algo inclusive já confirmado pela VW do Brasil, que atualizará a MQB presente por aqui a partir de 2026 em algum dos modelos feitos em São Bernardo do Campo. A atualização será tão grande que ela ganhará até novo nome, passando a se chamar MQB37.
No mercado europeu, pelo menos, essa atualização se justifica pela demanda ainda baixa de modelos elétricos. Sendo uma marca de volume, a Volkswagen precisa atender a todos os tipos de consumidores. Segundo Sander, cada país do Velho Continente tem uma realidade em particular.

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”A Noruega é 100% elétrica, mas o sul da Europa é bem diferente. Em lugares como a Itália, apenas 10% dos veículos são elétricos. E ainda precisamos oferecer aos nossos clientes o tipo de carro que eles querem comprar, independentemente da região ou preferência.”
Essa atualização técnica, ainda segundo o portal britânico, também deve acabar atingindo o T-Cross em algum momento. Assim como acontece no Brasil, o SUV compacto ainda tem presença bem forte em alguns mercados europeus hoje, algo que, ao menos no curto prazo, o futuro ID.Cross não deve alcançar.
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